Trump anuncia sanções à China e encerra tratamento especial a Hong Kong

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma legislação que pede sanções a autoridades e entidades da China envolvidas na aplicação da nova lei de segurança nacional em Hong Kong. Em coletiva de imprensa na Casa Branca, o republicano também informou que assinou um decreto para encerrar o tratamento especial que Washington concedia à ex-colônia britânica. "Hong Kong será tratado da mesma forma que a China continental", declarou.

A legislação que prevê sanções havia sido aprovada por unanimidade no Senado americano no dia 2 de julho, depois de ter passado pela Câmara dos Representantes. O projeto é uma resposta à decisão de Pequim de impor a Hong Kong uma lei de segurança que criminaliza atividades secessionistas, subversivas e terroristas, bem como atos de conluio com forças estrangeiras.

"Suas liberdades foram tiradas, seus direitos foram tirados", disse Trump na coletiva, em referência à população de Hong Kong. Em meio a crescentes tensões entre os dois países, o republicano também voltou a dizer que a China precisa ser responsabilizada por "ocultar informações" sobre a covid-19. Além disso, o líder da Casa Branca declarou que convenceu muitos países a não usar tecnologias da Huawei. "É um grande risco de segurança", afirmou. Hoje, o governo do Reino Unido decidiu impedir que empresas de telecomunicações comprem novos equipamentos 5G fabricados pela companhia chinesa.

Trump também aproveitou para criticar seu rival na disputa pela Presidência dos EUA nas eleições de novembro, o ex-vice-presidente Joe Biden, que deverá ser o candidato do Partido Democrata. "Joe Biden apoiou a entrada da China na Organização Mundial do Comércio", afirmou, após dizer que nenhum outro país tirou mais vantagem dos EUA do que a China.

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