O aplicativo de transportes Uber divulgou nesta terça-feira, 4, que tem 13 milhões de usuários ativos no Brasil. O número foi anunciado em meio a uma batalha política do aplicativo – e de seus rivais, como 99, Easy e Cabify – no Congresso Nacional.
O dado também chama a atenção pelo crescimento expressivo da empresa nos últimos meses. O Uber chegou ao Brasil em maio de 2014, mas só chegou a 1 milhão de usuários em janeiro de 2016.
Em treze meses, o público da empresa cresceu 12 vezes – no mesmo período, o número de cidades atendidas pela empresa no País saltou de 5 para 51 municípios. Recentemente, a empresa lançou no País um novo modelo de serviço, o Uber Select: com carros “confortáveis” e preços mais altos, o modelo é um intermediário entre o UberX – de carros comuns – e o Uber Black, com carros pretos de luxo.
Apesar de concentrar a maior parte dos usuários de carona no Brasil, o Uber enfrenta a concorrência de outros aplicativos, como Cabify e 99. O espanhol Cabify, que chegou ao País em junho de 2016, tem hoje 1 milhão de usuários no País. No último domingo, o Estado noticiou que a startup espanhola vai investir US$ 200 milhões no País nos próximos anos – os recursos virão de uma nova rodada de investimentos. Nesta terça-feira, 4, o Cabify chegou à sua oitava cidade no País: Brasília. Já o 99 diz ter 6 milhões de usuários no País – a empresa não discrimina, porém, quais utilizam os serviços de táxi, pelos quais a empresa se tornou conhecida, e quais chamam carros particulares, no modelo 99 Pop.
Mercado
Em janeiro, o Uber inaugurou um centro de apoio na capital paulista, com planos de investir R$ 200 milhões e criar dois mil postos de trabalho. A unidade em São Paulo pode empregar até sete mil pessoas até o fim do ano, fornecendo apoio técnico para cerca de 9 milhões de usuários no Brasil junto com milhares de motoristas, afirmou a empresa na ocasião.
Recentemente, a empresa também sofreu um revés na justiça trabalhista brasileira – em Minas Gerais, a Justiça do Trabalho ordenou que o Uber pagasse indenização trabalhista a um motorista, segundo a Consolidação das Leis do Trabalho. No exterior, o Uber vem sofrendo com uma série de ataques e polêmicas – lembre algumas delas abaixo.
Votação
Liderados pelo PT, deputados conseguiram aprovar nesta quarta-feira, 4, uma emenda que, na prática, pode inviabilizar o oferecimento de serviços por aplicativos como o Uber.
Após aprovarem o texto-base do projeto para regulamentar o funcionamento desse tipo de plataforma, que transferia para os municípios a responsabilidade de detalhar as regras que o serviço teria que seguir, os deputados conseguiram aprovar uma emenda de autoria do líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), que retirou do texto que a atividade é de natureza privada. Foram 226 votos a favor, 182 contra, e 5 abstenções.