Vasco e Botafogo fizeram um clássico bastante equilibrado, com ambos os times tendo boas chances para abrir o marcador, mas a boa atuação dos dois goleiros deixou o placar em 0 a 0 neste domingo, no estádio do Engenhão, pela segunda rodada da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca.
O resultado é ruim para as duas equipes, mas ameniza o clima ruim no Vasco, que no meio da semana se despediu da Copa do Brasil ao ser eliminado pelo Vitória e teve o técnico Cristóvão Borges demitido. O então auxiliar Valdir Bigode assumiu o cargo interinamente e comandou a equipe no clássico. Do outro lado, o Botafogo vivia situação mais confortável, pois vinha de vitória na estreia da fase de grupos da Libertadores.
Os dois times, no entanto, continuam fora da zona de classificação para as semifinais da Taça Rio. O Botafogo está na terceira colocação do Grupo B, com quatro pontos, dois a menos do que o Flamengo e o Nova Iguaçu, primeiro e segundo colocados, respectivamente. O Vasco está em quarto lugar no Grupo C, com dois pontos, um a menos do que o líder Fluminense.
No empate, destaque para Nenê pelo lado do Vasco, que colocou o goleiro Gatito Fernández para fazer grandes defesas, uma delas um verdadeiro milagre. Pelo lado do Botafogo, Montillo e Pimpão criaram as melhores oportunidades. As duas equipes voltam a campo pelo Carioca no meio da semana. O Vasco receberá o Madureira, enquanto o Botafogo fará o clássico contra o Fluminense, no Engenhão.
LÁ E CÁ – O Vasco começou melhor a partida e criou duas ótimas chances para abrir o placar. Aos 6, Nenê cobrou falta na área, Bruno Silva desviou, a bola tocou em Douglas e sobrou para Rafael Marques. Gatito Fernández saiu em seus pés e evitou o gol.
Na sequência, o goleiro do Botafogo fez um milagre. Após cruzamento na área, Evander cabeceou rasteiro no canto esquerdo. O goleiro se esticou e fez a defesa parcial. Nenê aproveitou o rebote e chutou à queima-roupa. Gatito, no chão, esticou o braço, para evitar o gol. A bola ainda tocou no travessão e saiu para escanteio.
Aos poucos, o Botafogo acertou a marcação e passou a reagir. Aos 25, Victor Luis tocou para Roger. O atacante disputou a bola com Jomar e caiu. O árbitro mandou o jogo seguir. Dez minutos mais tarde, Montillo tabelou com Bruno Silva e mandou uma bomba para ótima defesa de Martín Silva. Na sequência, Bruno Silva tabelou com Montillo e chutou. A bola desviou em Jomar, mas o goleiro do Vasco estava esperto e fez a defesa.
O segundo tempo começou com dois lances polêmicos, um para cada lado. Primeiro, o Botafogo avançou para o ataque com Camilo, que tocou para Roger. O atacante tentou o passe e a bola tocou no braço de Gilberto, que se jogou de carrinho. Depois foi a vez do Vasco reclamar. Luis Fabiano recebeu na área e ao tentar o drible, a bola tocou no braço de Airton. O árbitro também mandou seguir.
O duelo seguiu equilibrado, mas com poucas chances de gol. Aos 31. Nenê levantou bola na área e Luis Fabiano, completamente impedido, cabeceou para as redes. O árbitro anulou corretamente o gol. O Botafogo respondeu em chute de Marcinho, que saiu rente à trave.
Nenê voltou a assustar Gatito em duas jogadas de bola parada. Cobrou uma falta e um escanteio. Em ambas o goleiro mandou pela linha de fundo. O Botafogo não se encolheu e esteve mais próximo de abrir o placar em um rápido contra-ataque. Pimpão arrancou pela direita e tocou na saída de Martín Silva. Jean apareceu para evitar o gol.
FICHA TÉCNICA
VASCO 0 x 0 BOTAFOGO
VASCO – Martín Silva; Gilberto (Éderson), Jomar, Rafael Marques e Henrique; Jean, Douglas, Evander (Yago Pikachu), Andrezinho e Nenê; Luis Fabiano. Técnico: Valdir Bigode (interino).
BOTAFOGO – Gatito Fernández; Marcinho, Joel Carli, Emerson Silva e Victor Luis; Airton (João Paulo), Bruno Silva, Camilo (Rodrigo Pimpão) e Montillo; Guilherme (Sassá) e Roger. Técnico: Jair Ventura.
ÁRBITRO – Grazianni Maciel Rocha.
CARTÕES AMARELOS – Nenê, Jean, Luis Fabiano, Jomar (Vasco); Victor Luis, Roger e Emerson Silva (Botafogo).
PÚBLICO – 8.088 pagantes (9.345 presentes).
RENDA – R$ 245.580,00.
LOCAL – Estádio do Engenhão, no Rio.