A sessão ordinária da Câmara Municipal de Guarulhos deixou mais uma vez de ser realizada por falta de quórum. O presidente da Casa, Professor Jesus (DEM), abriu o trabalhos às 14h e encerrou imediatamente alegando falta de parlamentares presentes em plenário após uma rápida verificação visual. Assim, 32 projetos de lei que estavam pautados deixaram de ser apreciados. Ouvidos pelo GuaruhosWeb, os vereadores Edmilson Souza (PT) Eduardo Barreto (PCdoB) classificam estes constantes episódios como um verdadeiro desrespeito com a população guarulhense.
Representante do PCdoB, Barreto critica a conduta dos vereadores e ressalta que diante desta condição o município deixa de ter a possibilidade de usufruir de benesses como o desconto de 50% na cobrança do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para munícipes que habitam em vias sem asfalto, projeto dele que está na fila de votação em plenário.
“Eu sei que um morador de um bairro como o Fortaleza, tão longínquo que é, até você vir pra cá e depois voltar são quase três horas de percurso. Então, você chega e observa que não tem sessão porque ela é encerrada por falta de quórum. Isso é um desrespeito, porque não existe um compromisso de se manter uma sessão e ser deliberado todos os projetos que temos em pauta”, criticou Eduardo Barreto.
Já o petista Edmilson Souza acredita que os trabalhos parlamentares deveriam ser equiparados ao de qualquer outro profissional. Ele entende que a melhor maneira de garantir e preservar que a prestação de serviço público realizada, por meio de parlamentares, é a de punir financeiramente os vereadores que deixam de frequentar as sessões. Souza esclarece que somente dessa maneira a Câmara poderia contar com a maioria dos eleitos.
“Eu sou a favor de uma medida radical. As sessões não andarem por manobra regimental e por uma situação de impedir a votação é uma ação natural dos parlamentos e não vejo problema. Mas o fato de encerrar a sessão o tempo inteiro por falta de quórum gera um desgaste pra todo mundo da Casa e demonstra para a população uma falta de compromisso daqueles que foram eleitos”, concluiu.
