Cidades

Cachorra Pandora não deve ter ido rumo ao Rio de Janeiro, apontam veterinários

Um mês após o sumiço da cachorra Pandora – ocorrido em 15/12, quando a cachorra escapou de uma caixa da Gol no aeroporto de Guarulhos – as buscas continuam, sobretudo na cidade de Guarulhos. Contudo, o tutor, confiando na hipótese do animal ter caminhado até o Rio de Janeiro, quer expandir a procura até o estado vizinho. Veterinários ouvidos pelo GuarulhosWeb, porém, não acreditam em tal possibilidade.

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Um cachorro adulto, do porte médio, como a Pandora, pode caminhar cerca de 30 quilômetros por dia. Matematicamente, portanto, ela poderia ter saído de Guarulhos, percorrido cerca de 250 KM, e chegado ao município de Resende, ao Sul do Rio de Janeiro. Ou, inclusive, até mais longe. Entretanto, especialistas rechaçam a ideia levando em conta as circunstâncias que atenuam uma peregrinação intensa e contínua.

“Tem muita coisa nesse meio. Ela pode ter encontrado alguém pra cuidar dela, pode ter ido ao outro lado, atravessado algum viaduto, pode estar embrenhada no mato ou escondida no aeroporto. Há moradores de rua que pegam os cães, fazem amizade e ofertam comida. São inúmeras possibilidades”, afirma Thatiana Freitas de Oliveira, médica veterinária.

“Não acho que ela caminhe sem rumo e pegue uma rodovia direto. Existe, infelizmente, a possibilidade de acidentes também. Procurar no Rio de Janeiro levaria meses, sinceramente. Muito mais provável que ela esteja com alguém, em algum bairro, ou virado um cão andarilho da cidade”, acrescenta Thatiana.

O descarte da veterinária é acompanhada pela colega de profissão, Vanessa Rodrigues, que também não acredita na hipótese de uma peregrinação tão direta da cachorrinha em direção ao estado vizinho. “É possível percorrer longas distâncias até o Rio de Janeiro sim, porém acho pouco provável. Na minha opinião, teria que reforçar as buscas nos bairros próximos ao aeroporto, já que na região existem áreas com sítios”, explica Vanessa.

“Outra medida a ser tomada seria divulgar o número do microchip dela, assim, todo animal parecido com ela que fosse resgatado, o veterinário passaria a leitora de microchip e a localizaria mais fácil”, conclui a profissional que, a exemplo de Thatiana, atua em Guarulhos.

A procura tem sido intensa na região do aeroporto e já invadiu municípios vizinhos, como Arujá e Santa Isabel. Reinaldo tem se dedicado quase integralmente a encontrar o animal. Apesar das diversas pistas falsas que atrapalham o foco na investigação, dicas que levem, de fato, até o tutor ao encontro de sua mascote, podem render ao informante valores de cerca de R$ 7 mil.

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