Reza a lenda que eleição para a escolha de presidente da Câmara Municipal de Guarulhos jamais se resolve na véspera. A história está cheia de casos em que vereador entrou na sessão eleito e saiu do plenário completamente derrotado. Nesta segunda-feira, se não ocorrer nenhuma reviravolta até lá, devem disputar o cargo maior do Legislativo para o biênio 2015/16 o Professor Jesus (PDT) e Marcelo Seminaldo (PT). O primeiro, por ter se articulado bastante desde o início do ano, tem todo o favoritismo. Porém, mas, sobretudo, entretanto… tudo pode acontecer ainda.
O que muda
Os dois parlamentares (Jesus e Seminaldo) estão em seus primeiros mandatos. Mas ambos se sentem preparadíssimos para assumir a presidência. Jesus, que se elegeu vereador apoiando o candidato de Oposição ao prefeito Sebastião Almeida, o tucano Carlos Roberto, mudou de lado antes mesmo do chefe do Executivo assumir seu segundo mandato e se tornou governista desde criancinha, assim como seus pares na Câmara. Ou seja, eleito presidente, devem manter a linha já adotada pelo atual Eduardo Soltur de deixar o Legislativo à reboque do Executivo, como tem sido ao longo de todo o império petista em Guarulhos.
Barba, cabelo e bigode
Já Seminaldo tenta inverter o jogo, que já estaria acertado em favor de Jesus, que gastou mais de 100 solas de sapato com cada um dos colegas que lhe prometem apoio, com um argumento que até poderia ser convincente. Ele defende que o PT feche o ciclo do poder na cidade, após as eleições dos colegas (mas não muito) Auriel e Alencar (reeleição) para a Assembleia Legislativa. Por seu pensamento, com ele na presidência da Câmara, o PT dominaria a caneta nos mais diferentes poderes.
Celulares ligados
Por mais que o meio político dê como certa a eleição do Professor Jesus na segunda-feira, vários vereadores – e assessores de primeiríssimo escalão – devem passar esse final de semana com seus celulares ligados e carregadores de bateria à mão. Ninguém ousará ficar incomunicável, já que – a qualquer momento – eles podem ser convidados a novas articulações. Tem parlamentar, porém, que jura de pé junto (com sapatos novos, lógico!) que nada – absolutamente nada – o fará mudar de opinião. Mas, como nada se resolve na véspera, quem viver verá.