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Em Defesa da indústria e do emprego

O movimento sindical, liderado pela categoria metalúrgica, está lançando um grande debate nacional em defesa da indústria brasileira. O primeiro passo foi uma reunião conjunta, na Fiesp, segunda-feira, quando se anunciou a ideia de um pacto em defesa da produção e do emprego e a realização de um seminário, com presença de representantes do governo federal, já nesta quinta, dia 26, em São Paulo.


Vale registrar que a criação de uma base industrial é um objetivo estratégico, que começou a se alicerçar lá atrás, com Getúlio Vargas, quando da criação da Companhia Siderúrgica Nacional, da Petrobras, da Eletrobras e de outras estatais de porte.


A indústria é o pilar da moderna economia e nenhum país se desenvolve sem uma boa base nesse setor. Ela é, portanto, sinônimo de desenvolvimento e progresso. Os trabalhadores também são beneficiados concretamente, porque até hoje, apesar do avanço de outros setores da economia, a indústria ainda é quem paga os melhores salários.


Outra questão a ser levada em conta, para se destacar a importância estratégica do setor industrial, é a tecnológica. Com uma base industrial estruturada e moderna, acompanhada de um bom ensino técnico e universitário, o País obtém importantes avanços tecnológicos, que se refletem em todos os setores da economia e da melhoria efetiva na qualidade de vida da população.


Bem. A questão é saber como, num mercado globalizado e competitivo, defender a indústria nacional, assolada pelas importações derivadas da baixa do dólar. Outra questão diz respeito à redução da taxa de juros, porque o juro alto é inimigo da produção, uma vez que estimula a especulação financeira. Outro ponto, ainda, é sobre os impostos. O entendimento, correto, é de que setores estratégicos ao País devem receber tratamento fiscal diferenciado.


O movimento sindical, liderado pela Força Sindical, está empenhado na defesa da indústria brasileira e da economia nacional. Mas travará essa luta sem abrir mão de direitos e conquistas trabalhistas. E mais: o sindicalismo cobra das empresas respeito às normas legais e ao trabalho decente. Não basta apenas ter indústria forte. Precisamos ter  trabalhadores respeitados, qualificados e recebendo salários justos.


 


José Pereira dos Santos


Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região [email protected]


 

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