Economia

Líderes da oposição querem votar crédito sem dar cheque em branco a governo

Parlamentares da oposição comentaram, no Twitter, o adiamento da votação do pedido de crédito suplementar do governo no valor de R$ 248,9 bilhões na Comissão Mista de Orçamento (CMO) no Congresso. O Executivo precisa da aprovação desse crédito suplementar até o dia 15 de junho, caso contrário corre o risco de se endividar e incorrer em pedalada fiscal, crime de responsabilidade fiscal responsável pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

O líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini, celebrou a obstrução da oposição na CMO na quarta-feira, 5, afirmando que o bloco quer “aprovar a liberação do dinheiro para os programas sociais como o Bolsa Família”, mas que não darão “um cheque em branco” para o governo. “Queremos aprovar R$ 146 bilhões, que é o necessário” para custear os programas sociais “que o PT criou”, disse em uma postagem.

Na mesma linha, o líder do PCdoB na Câmara, Orlando Silva, argumentou que “o Banco Central já repassou, em 2019, cerca de R$ 100 bilhões além do previsto, logo, não há necessidade do volume requisitado pelo governo”.

O deputado, no entanto, disse que a oposição está disposta a aprovar o crédito suplementar com esse repasse descontado, “garantindo o necessário para ter dinheiro para a educação e programas sociais”.

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