Economia

Custo de vida em São Paulo sobe 0,45% em junho ante maio, aponta Dieese

O custo de vida no município de São Paulo cresceu 0,45% entre maio e junho, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O resultado foi pressionado pela alta de 0,82% entre as famílias com renda mais baixa. Entre as famílias com renda mais alta, a variação foi menor, de +0,26%. Na zona intermediária, a alta ficou em 0,64%.

Na separação por grupos de preços, destaque para o aumento de 1,14% em Alimentação. O grupo Habitação também teve inflação mais expressiva, de 0,52%. Juntas, as duas categorias contribuíram com 0,47 ponto porcentual (pp) ao índice final. A alta seria ainda maior não fosse a deflação de 0,48% no grupo Transporte, variação que contribuiu para impacto de -0,07 pp na taxa de junho.

O Índice do Custo de Vida (ICV) do Dieese mostra que a variação positiva do grupo Alimentação é pressionada pela alta de 1,33% na indústria alimentícia e de 1,32% em produtos in natura e semielaborados. Na categoria alimentação fora do domicílio, a alta ficou em 0,45%.

Os produtos que registraram aumentos mais expressivos no subgrupo indústria da alimentação foram leite longa vida integral (14,87%), mussarela (7,60%), café em pó (4,20%), leite em pó (3,67%) e refrigerantes (1,45%). A queda mais expressiva ocorreu no preço da cerveja (-1,58%).

No grupo Habitação, destaque para o reajuste do subgrupo operação do domicílio (0,73%), ainda influenciado pela alta da tarifa de água (1,98%) em São Paulo. A categoria Conservação do domicílio teve inflação de 0,30%. No subgrupo Locação, Impostos e Condomínio, a alta ficou em 0,19%.

Nos demais grupos analisados pelo Dieese, o grupo Equipamento Doméstico teve alta de 0,16%. No Vestuário, a alta foi de 0,18%. Em Educação e Leitura, a variação positiva ficou em 0,06%. Na Saúde, a alta foi de 0,09%. No grupo Despesas Pessoais a variação foi de 0,06% e, em Despesas Diversas, a variação ficou em 5,39%. Recreação apresentou deflação de 0,34%.

No acumulado de 12 meses encerrados em junho, o ICV apresentou alta de 9,05%. Quando considerado apenas o primeiro semestre de 2016, a variação acumulada ficou em 4,72%. A principal alta registrada desde o início do ano ficou com o grupo Despesas Pessoais, com elevação de 12,06%.

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