O chefe-adjunto do Banco Central, Fernando Rocha, disse nesta segunda-feira, 29, que o resultado primário de novembro foi fortemente influenciado pela conta de juros, que registrou despesa de R$ 33,5 bilhões, o pior resultado para novembro na série histórica da instituição, iniciada em 2001.
Segundo ele, os gastos com juros chegaram a esse nível em função de perdas com swaps cambiais de R$ 8,7 bilhões no mês passado. Rocha afirmou ainda que o resultado do setor público consolidado ficou, em proporção do PIB, deficitário em 5,82% – o pior resultado da série desde setembro de 2003.
Rocha apresentou as projeções da instituição para o resultado da dívida na comparação com o Produto Interno Bruto (PIB) no fechamento deste ano. De acordo com ele, levando em conta as estimativas apresentadas pelo mercado financeiro por meio do Relatório Focus, a relação dívida líquida/PIB deve encerrar este ano em 35,6% e a dívida bruta/PIB, em 63,4%.
Já considerando as projeções oficiais encaminhadas ao Congresso Nacional pelo Executivo, que trazem os dados mais recentes esperados para receitas e despesas, o BC projeta uma dívida líquida/PIB de 35,5% em 2014 e uma dívida bruta/PIB de 63,3% este ano.