Economia

Eletrobras prevê recuperação da Amazonas Energia

A Amazonas Energia, apontada como principal foco de preocupação dentro da atividade de distribuição da Eletrobras, deve começar a apresentar resultados mais favoráveis a partir do próximo ano. De acordo com o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado de Araújo, o prazo coincide com o início das operações da usina Mauá, previsto para dezembro deste ano.

Com o início das operações da usina, localizada na região Norte do País, a Amazonas Energia passará a contar com um ativo com capacidade de geração de 590 MW. A Mauá faz parte do processo de desverticalização da Amazonas Energia, ou seja, do desmembramento das diferentes áreas de atuação da distribuidora. No primeiro semestre, a Mauá teve prejuízo de R$ 648 milhões, o equivalente a quase três quartos do prejuízo de R$ 866 milhões acumulado pela área de Distribuição da Eletrobras.

“Esperamos um crescimento paulatino da Amazonas Energia a partir de 2015”, destacou Araújo em entrevista concedida a jornalistas em São Paulo. Pouco antes, em apresentação a analistas e investidores, o executivo classificou a Amazonas Energia como principal “problema” da Eletrobras na área de distribuição. O executivo evitou fazer uma projeção de quando os resultados negativos da Amazonas Energia seriam revertidos em contribuição positiva para o grupo.

Antes de isso acontecer, porém, o primeiro efeito positivo aguardado pela Eletrobras é a maior clareza em relação à situação dos ativos de distribuição da Amazonas Energia. Essa análise, fundamental para a definição do valor da tarifa de energia aplicada pela estatal, está comprometida atualmente pelos resultados obtidos pela companhia nas demais áreas, incluindo a geração de energia. Em função dessa dificuldade de análise, a Amazonas Energia detém hoje uma das tarifas mais baixas do País.

Transmissão

Araújo também informou hoje que a Eletrobras pretende entregar até o final do próximo mês de setembro o detalhamento do pedido de indenização referente a ativos não renovados na área de transmissão. O prazo legal para a entrega vai até dezembro. “Queremos entregar até setembro. Depois, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terá 150 dias para dizer quanto é”, salientou.

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