Economia

Valor de fusões e aquisições cresce 128% no 1º semestre

Os anúncios de fusões e aquisições, ofertas públicas de aquisições de ações (OPAs) e reestruturações societárias, somaram R$ 57 bilhões nos primeiros seis meses do ano, alta de 128% em comparação a igual período de 2015, conforme o boletim da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). A associação destaca, entretanto, que houve um menor número de operações anunciadas entre janeiro a junho deste ano, que somaram 38, contra 50 do primeiro semestre de 2015.

O boletim cita como destaque a fusão da BM&FBovespa com a Cetip, que movimentou R$ 12 bilhões e foi a única operação acima de R$ 10 bilhões no semestre. Aparecem ainda como destaque a venda da BSI S.A para a EFG Internacional pelo BTG Pactual, no montante de R$ 5,3 bilhões, e a compra das operações de nióbio e fosfato da Anglo American pela China Molybdenum.

As aquisições entre empresas brasileiras responderam pela maior parte das operações, com volume de R$ 29,8 bilhões, o equivalente a 52,4% do total, diz a Anbima. Em segundo lugar estão as aquisições de empresas brasileiras por companhias estrangeiras, no valor de R$ 15,8 bilhões.

Segundo a associação, no que diz respeito à origem do capital, as aquisições por parte das estrangeiras foram lideradas por empresas europeias (50% do total), seguidas de companhias norte-americanas (25%) e asiáticas (25%). Já as aquisições entre empresas estrangeiras movimentaram R$ 5,2 bilhões no semestre, enquanto as aquisições de empresas estrangeiras por brasileiras somaram R$ 4,1 bilhões.

No período, o setor financeiro foi o líder tanto em relação ao volume quanto ao número de operações, com participações de, respectivamente, 41,5% e 21,3% do total, seguido do setor de petróleo e gás, com peso de 13,3% e 7,9%. No semestre, contudo, foi baixa a participação dos fundos de private equity nas operações de fusões e aquisições. Dos 38 anúncios do semestre, os fundos participaram em apenas cinco operações, sendo três com investimentos e duas com desinvestimentos, com volume total de R$ 2,4 bilhões.

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