O dólar fechou em alta nesta quinta-feira, 29, mas distante das máximas. O movimento foi direcionado pelas variações do câmbio no exterior e dos juros dos Treasuries, enquanto os investidores acompanhavam sinais de recuperação econômica nos Estados Unidos e as iniciativas de Donald Trump no comando da Casa Branca.
No mercado à vista, o dólar encerrou em alta de 0,21%, aos R$ 3,1756, com alguma distância frente à máxima de R$ 3,1942 (+0,80%). De acordo com dados registrados na clearing da BM&FBovespa, o volume de negócios somou US$ 1,507 bilhão.
No fim do dia, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou expectativas e anunciou que o termo de compromisso entre a União e o Estado do Rio de Janeiro foi assinado durante reunião com o presidente Michel Temer. Segundo o ministro, o termo visa encaminhar medidas legislativas que permitam o ajuste fiscal e o reequilíbrio financeiro do Estado.
O dólar futuro para fevereiro fechou em alta de 0,16%, aos R$ 3,1820, com máxima em R$ 3,1985 (+0,68%). O giro somou US$ 13,285 bilhões.
Lá fora, a moeda dos Estados Unidos firmou ganhos, de maneira quase generalizada, principalmente após rodadas de dados positivos da economia norte-americana. O índice de indicadores antecedentes medido pelo Conference Board, por exemplo, subiu 0,5% em dezembro, para 124,6, em linha com a previsão dos analistas. Já o termômetro de atividade industrial regional do Federal Reserve de Kansas avançou para 20 pontos em janeiro, frente a 18 em dezembro, com destaque para a melhora nas expectativa para os próximos seis meses.
O suporte para o dólar também tem vindo dos sinais de que Trump cumprirá suas promessas de reduzir regulamentações no país e promover projetos de infraestrutura. No entanto, há cautela no mercado com o posicionamento protecionista do novo presidente, que tem defendido, inclusive, uma moeda mais fraca. A ideia neste caso é favorecer os condições comerciais contra outros países, como a China.
Por aqui, o avanço da moeda norte-americana foi contido pela expectativa de entrada de recursos no País com captações corporativas lá fora. Hoje, a Rumo Logística anunciou que pretende realizar uma captação externa em dólar, de acordo com fontes. A companhia fará a partir da próxima segunda-feira, dia 30, apresentação aos investidores, o chamado roadshow. A oferta, segundo fontes, pode ocorrer logo após o roadshow, mas dependerá de condições de mercado.(Colaborou Silvana Rocha)