A Black Friday chegou e, com ela, as diversas críticas de consumidores. A Fundação Procon São Paulo recebeu, até o início da manhã desta sexta-feira, 24, pelo menos 109 reclamações. Os dados serão atualizados em um boletim às 11h.
As principais queixas eram sobre maquiagem de descontos, produtos ofertados não disponíveis, mudanças de preço logo após a finalização da compra, pedidos cancelados após o fim da venda e páginas bloqueadas devido ao congestionamento nos sites.
Especialistas alertam que com a dificuldade enfrentada pelas vendas em meses anteriores há promoções que começaram já no mês passado, o que torna mais frágeis as referências de preço dos produtos e abre mais espaço para maquiagem.
O Procon-SP divulgou recentemente uma “lista suja” com as lojas que devem ser evitadas pelo consumidor. No total, são 518 estabelecimentos. Há reclamações diversas que ficam como alerta aos consumidores: desde fretes muito caros até atraso nas entregas, além de produtos danificados ou que divergem do anunciado. Segundo o Procon-SP, a partir do levantamento, a instituição procura evitar que a população seja lesada e o tão sonhado desconto acabe se transformando em pesadelo.
Críticas
As amigas Angélica Silva, Lúcia Bessa e Débora Acras se reuniram em busca de promoções “incríveis” da Black Friday. Mas no Extra da Avenida Ricardo Jafet, na zona sul de São Paulo, se depararam com os mesmos preços de sempre em vários produtos.
“Não está valendo tanto à pena”, responderam as duas em uníssono. “Principalmente as coisas de consumo diário, como alguns alimentos e o papel higiênico de 32 rolos, estão com preço acima da média”, reclamou Débora Acras.
As amigas dizem que vão procurar em vários mercados para tentar achar as melhores ofertas. “Eu costumo economizar um pouco antes das Black Fridays para poder gastar mais nessa data. Ano passado gastei uns R$ 700, e várias coisas – como sabão em pó, por exemplo, duraram até agora. Mas a estratégia das empresas nessa data é sempre igual: alguns produtos têm descontos enormes, mas vários outros sobem de preço. Aí eles não deixam de ganhar”, disse a dona de casa Lúcia Bessa.