Os juros futuros encerraram perto da estabilidade no caso dos vencimentos de curto prazo, enquanto os demais fecharam em alta moderada a sessão regular desta sexta-feira, 24. A liquidez nos negócios foi escassa, o que se justifica pelo fato de os mercados em Wall Street nesta Black Friday operarem com horário reduzido após estarem fechados na quinta-feira, 23, no feriado de Ação de Graças, com muitos players nesta sexta fora das mesas de operação. Com o exterior mais fraco, as atenções estiveram concentradas no cenário doméstico, que tem sido marcado pelos ruídos em torno da reforma da Previdência.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 encerrou estável em 7,12% e a do DI para janeiro de 2020 subiu de 8,34% para 8,37%. O DI para janeiro de 2021 subiu de 9,18% para 9,23% e o DI para janeiro de 2023, de 9,98% para 10,06%.
As taxas oscilaram entre margens estreitas ao longo do dia, com o mercado de olho no noticiário e em compasso de espera por fatos concretos em torno da votação da reforma, mas nesta sexta não houve novidades. Apesar de o mercado reconhecer os esforços da equipe econômica e do Planalto para tentar aprovar o texto na primeira semana de dezembro, a expectativa de isso ocorrer ainda é marginal.
“Ao que tudo indica, a aprovação não será uma tarefa fácil. O governo parece estar longe de obter os votos necessários para a aprovação da proposta”, afirma a Guide Investimentos, em relatório.
Com as atenções na Previdência, a agenda, que trouxe os indicadores de crédito e da arrecadação federal de outubro pela manhã, não chegou a influenciar os negócios. Contudo, nesta sexta-feira, é aguardada ainda a definição da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre a bandeira tarifária de energia que vai vigorar em dezembro, com expectativas de que seja a vermelha 1, ante a vermelha 2 (mais cara) que vigora em novembro.