O faturamento líquido da indústria química brasileira deve encerrar 2017 em R$ 379,3 bilhões, o que representará um crescimento de 1,2% ante os R$ 374,9 bilhões de 2016. A estimativa foi divulgada pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), que promove encontro anual nesta sexta-feira, 8, em São Paulo, com a presença do presidente Michel Temer.
Em dólares, o faturamento do setor deve atingir US$ 119,6 bilhões, estima a Abiquim. Se confirmado, o valor significa um incremento de 9,5% ante 2016. O segmento mais representativo é o de produtos químicos de uso industrial, que deve responder por US$ 58,1 bilhões do total, um crescimento de 10,5% ante o ano passado. Na sequência, aparecem produtos farmacêuticos, com US$ 16,9 bilhões e expansão de 17,2% em relação a 2016. Em terceiro, está o setor de higiene pessoal, perfumes e cosméticos, com faturamento estimado de US$ 12,4 bilhões, alta de 8,8% ante 2016.
O faturamento estimado para a indústria química coloca o Brasil na oitava posição do ranking mundial do setor. A liderança é da China, com faturamento projetado de US$ 1,907 trilhão em 2017, seguida por Estados Unidos, com US$ 768 bilhões.
O déficit balança comercial do setor, no entanto, deve crescer em 2017, para US$ 23,2 bilhões, ante US$ 22 bilhões no ano passado. As importações, estima a Abiquim, devem ficar em US$ 36,8 bilhões, ante US$ 34,2 bilhões em 2016. As exportações, por sua vez, devem atingir US$ 13,6 bilhões, de US$ 12,1 bilhões no período anterior.
Os investimentos no setor de produtos químicos de uso industrial devem terminar 2017 em US$ 1 bilhão, de US$ 2,3 bilhões no ano passado. Os valores de aportes programados para os próximos anos são ainda menores, segundo a Abiquim. Para 2018, são US$ 700 milhões; para 2019, US$ 600 milhões; para 2020 e 2021, US$ 400 milhões; e para 2022, US$ 200 milhões. Serão investidos, portanto, de 2017 a 2022, US$ 3,3 bilhões no setor químico brasileiro.