O câmbio subiu do patamar de R$ 1,65 para R$ 2,00 neste ano e não ocorreu pressão de alta da inflação
O coordenador do curso de Graduação da Escola de Economia de São Paulo (EESP-FGV), Nelson Marconi, afirmou que o governo poderá dar continuidade gradual à desvalorização do câmbio e poderá levá-lo para R$ 2,20 num horizonte de 12 meses. "Se o Ministério da Fazenda tiver condições, ele poderá viabilizar isso aos poucos, desde que não provoque alta da inflação", afirmou. "O secretário-executivo da pasta, Nelson Barbosa, disse que a cotação do real ante o dólar está apreciada em termos históricos e o Poder Executivo não vai deixar o câmbio se apreciar", acrescentou.
Na avaliação dele, o câmbio subiu do patamar de R$ 1,65 para R$ 2,00 neste ano e não ocorreu pressão de alta da inflação, o que deu conforto para que o governo admitisse um novo patamar para a cotação do real ante o dólar, que varia de R$ 2,00 a R$ 2,05. Segundo ele, como a economia mundial está muito fraca e não tem perspectivas de crescer de forma expressiva até 2014, é possível avaliar que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, está certo ao dizer que o cenário externo continuará desinflacionário para o Brasil nos próximos dois anos.