Os negócios na Bovespa se arrastaram nesta sexta-feira, 24, em meio à expectativa em torno do cenário político norte-americano. A votação do projeto de saúde do Partido Republicano na Câmara dos Estados Unidos era o grande evento esperado para o dia, mas foi cancelada no final da tarde. Ao longo da sessão de negócios, o compasso de espera limitou um movimento de recuperação de perdas recentes. Com isso, o Índice Bovespa terminou o dia em alta de 0,51%, aos 63.853,77 pontos. O volume de negócios somou R$ 7,2 bilhões, o menor da semana.
A votação na Câmara dos EUA, inicialmente prevista para quinta-feira, foi cancelada sem nova previsão de discussão, com a constatação da liderança do Partido Republicano de insuficiência de votos para aprovar a matéria. O projeto, que substituiria o sistema de saúde conhecido como “Obamacare” era considerado a primeira prova de fogo do presidente Donald Trump no Congresso. Lá fora, o viés de baixa predominou, refletindo as dificuldades de Donald Trump no Congresso. Aqui, a leve alta foi garantida pelo avanço de ações do setor financeiro, como Bradesco ON e PN, que tiveram ganhos de 1,59% e 1,44%, respectivamente. Itaú Unibanco PN avançou 1,08%.
Já a valorização dos preços do petróleo não foi suficiente para garantir avanço consistente dos papéis da Petrobras, que seguiram sentidos opostos, com as ordinárias em alta de 0,21% e as preferenciais em baixa de 0,66%. As ações da Vale perderam 0,82% (ON) e 1,48% (PNA), sintonizadas com a queda de 1,4% do minério de ferro (62% de pureza) no mercado à vista chinês. As ações do setor siderúrgico seguiram na mesma tendência e lideraram as quedas do Ibovespa, tendo à frente Gerdau Metalúrgica PN (-4,01%), Usiminas PNA (-2,88%) e Gerdau PN (-2,62%).
Com o resultado de hoje, o Ibovespa encerrou a semana contabilizando baixa de 0,55%. No acumulado de março, o índice acumula queda de 4,21%. Na última quarta-feira (22), o saldo de investidores estrangeiros na bolsa ficou positivo em R$ 150,197 milhões. Em março, no entanto, há saídas líquidas de R$ 2,886 bilhões. Em 2017, o fluxo estrangeiro é positivo em R$ 3,997 bilhões.