Economia

Ibovespa sobe 0,48% e marca 5ª alta seguida

A bolsa brasileira subiu nesta quarta-feira, 27, pelo quinto dia consecutivo, em meio a um ambiente de agenda esvaziada e liquidez bastante reduzida. O Índice Bovespa terminou o dia com ganho de 0,48%, aos 76.072,53 pontos, passando a contabilizar valorização de 5,70% em dezembro. Os negócios somaram R$ 5,17 bilhões.

A escassez de notícias no cenário político tem sido um fator positivo nos últimos dias, segundo Carlos Soares, analista da Magliano Corretora. Isso porque, com a reforma da Previdência fora do radar, os investidores voltaram as atenções ao noticiário conjuntural e corporativo, que segue majoritariamente positivo.

O maior exemplo de gatilho deste final de ano está no desempenho do comércio no Natal, apontam os profissionais do mercado. As vendas do período tiveram o maior crescimento desde 2010, segundo a Serasa Experian, que apurou alta de 5,6% na comparação com igual período de 2016. Alshop e SPC Brasil registraram avanço de 6% e 4,72% no movimento do comércio este ano.

Com isso, as ações de empresas de consumo e varejo foram destaque mais uma vez no pregão desta quarta. Lojas Americanas ON subiu 4,08%, a maior alta do Ibovespa. Em seguida vieram Natura ON (+4,00%), Localiza ON (+3,48%), JBS ON (+2,74%) e Lojas Renner (+2,54%). Entre as blue chips, contribuíram também para a alta do Ibovespa os papéis da Petrobras, que avançaram 0,36% e 0,50%. Vale ON ficou perto da estabilidade (+0,03%). Entre os bancos, o destaque foi Banco do Brasil ON, com ganho de 1,23%. Já Itaú Unibanco PN recuou 0,54%.

A exceção ao noticiário conjuntural positivo foi o resultado de novembro do Cadastro Geral de Empregados (Caged), único indicador relevante do dia. Segundo o levantamento, houve fechamento de 12.292 vagas no mês passado. O dado surpreendeu o mercado, que tinha expectativa de abertura de postos de trabalho. Segundo o Projeções Broadcast, as estimativas estavam entre abertura de 8 mil a 90 mil vagas. O dado, apesar de negativo, não chegou a influenciar os negócios.

“O resultado do Caged surpreendeu, mas não o suficiente para alterar nossas expectativas para os próximos meses, que seguem positivas. As vendas de Natal mais fortes devem gerar aumento nas encomendas à indústria, devido à redução de estoques, o que tem potencial para aquecer a economia”, afirma Soares.

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