Economia

Juros longos sobem antes do Copom

As taxas de juros futuras mais longas fecharam com ligeira alta nesta quarta-feira, 03, na medida em que os investidores aproveitaram o dia, marcado pela agenda de indicadores fraca, para fazer uma correção. Na ponta mais curta do vértice, as taxas terminaram de lado, diante das expectativas de que o Banco Central manterá a taxa Selic inalterada em 11% no fim de sua reunião de política monetária mais tarde. No mercado de câmbio, o dólar fechou em baixa, pressionado pelas especulações eleitorais antes da divulgação de duas pesquisas à noite.

No fim da sessão regular na BM&F Bovespa, o DI para janeiro de 2015 (202.685 contratos) tinha taxa de 10,78%, de 10,80% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2016 (273.570 contratos) estava em 11,26%, de 11,27% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2017 (309.895 contratos) projetava taxa de 11,14%, de 11,11% no ajuste da véspera; e o DI para janeiro de 2021 (150.125 contratos) tinha taxa de 10,92%, de 10,83% após ajuste. No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou negociado a R$ 2,2350 (-0,40%).

Embora o mercado não espere novidades na decisão sobre os juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que será anunciada após o fechamento dos mercados, parte dos especialistas acompanhará de perto a divulgação do comunicado da instituição. Alguns esperam uma alteração no texto, com a remoção do fatídico termo “neste momento”. Todas as 84 instituições projetam que a taxa básica de juros da economia brasileira deve permanecer estável em 11,00%.

Os operadores também acompanharão a divulgação, na noite de hoje, de duas pesquisas eleitorais: a Ibope, às 18h, e Datafolha, que ainda não tem horário definido. Especula-se que os levantamentos confirmarão que a candidata do PSB, Marina Silva, lidera a disputa presidencial pela primeira vez.

Em entrevista ao site de notícias G1, Marina lamentou a postura do PT e da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) de tentarem associá-la à imagem de salvadores da pátria que não concluíram seus mandatos – Jânio Quadros e Fernando Collor. “Infelizmente quem está querendo ressuscitar o medo é a presidente Dilma”, disse. “A pior coisa na política é o medo”, completou.

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