“Um ou dois times serão ótimos. Os outros 28 serão um lixo.” É assim que Michael Jordan, maior jogador de basquete da história, enxerga a temporada da NBA que começa nesta terça-feira. Para o seis vezes campeão com o Chicago Bulls, por mais que a caminhada seja longa até os playoffs, é provável que a final seja entre Golden State Warriors e Cleveland Cavaliers, assim como foi nos últimos três anos.
Muito da afirmação se justifica com o movimento feito pelo Warriors antes do início na última temporada, quando seduziram o astro Kevin Durant a se juntar a Stephen Curry, Klay Thompson e Draymond Green, e conquistaram o título sem dar chance aos rivais – perderam apenas um jogo nos playoffs.
Dono do Charlotte Hornets, Jordan, no entanto, está na contramão da liga. Na tentativa de superar Durant, Curry e cia., algumas franquias tomaram medidas semelhantes para se fortalecer. Finalista nos últimos três anos, sendo derrotado em duas delas, o Cleveland Cavaliers tratou de ampliar o arsenal de opções para alinhar com LeBron James. Chegaram Dwayne Wade, tricampeão da NBA com o Miami Heat, Derrick Rose, MVP (jogador mais valioso) em 2011, além de Isaiah Thomas e Jae Crowder, do Boston Celtics, envolvidos na troca pelo armador Kyrie Irving. Os especialistas apontam que esse é o melhor elenco de apoio que LeBron já teve à disposição.
O Oklahoma City Thunder adotou postura similar. Depois de um ano em que Russell Westbrook levou o time “nas costas”, batendo o recorde de “triple-doubles” e sendo eleito MVP (jogador mais valioso), mas sem evitar a queda na primeira rodada de playoffs, a franquia trouxe Paul George, que brilhou por anos no Indiana Pacers, e Carmelo Anthony, ex-New York Knicks.
Houston Rockets e Boston Celtics apostam em dois nomes de peso, em elencos recheados de bons coadjuvantes. Na franquia do Texas, o armador Chris Paul se uniu a James Harden, sendo auxiliado por Ryan Anderson, Eric Gordon, Trevor Ariza e o brasileiro Nenê. Em Massachusetts, Kyrie Irving, ex-fiel escudeiro de LeBron, e Gordon Hayward vão comandar o finalista da Conferência Leste na temporada passada.
“Vejo um campeonato aberto. Muita gente acha que os Warriors são favoritos, o que não é por acaso, já que o time deles é fantástico e conseguiram ficar ainda mais fortes. Mas outros times se fortaleceram e podem entrar na briga. Com certeza teremos muita disputa”, afirmou Cristiano Felício, um dos cinco brasileiros na NBA para o início desta temporada.
O número é frustrante se comparado ao do ano passado, quando o País teve nove representantes. Jogadores com história na liga, como Anderson Varejão, Leandrinho e Tiago Splitter, não conseguiram equipes. Além de Nenê e Felício, Raulzinho (Utah Jazz), Lucas Bebê e Bruno Caboclo (Toronto Raptors) são os outros brasileiros.