A Procuradoria de Madri apresentou uma denúncia contra o lateral-esquerdo Marcelo, do Real Madrid, acusando o jogador brasileiro de fraudar quase meio milhão de euros em impostos em 2013. Procuradores disseram que, no exercício da declaração fiscal daquele ano, o atleta fraudou 490.917,70 euros (cerca de R$ 1,82 milhão pela cotação atual).
As autoridades também revelaram que o lateral-esquerdo titular da seleção brasileira comandada por Tite teria usado empresas estrangeiras (de fora da Espanha) para ocultar parte dos ganhos que obteve por meio de seus direitos de imagem.
O Ministério Público da Espanha acusa Marcelo de ter criado uma estrutura societária com esta finalidade ilegal após o fisco do País ter devolvido ao jogador, em setembro de 2014, como resultado da declaração de seus impostos no exercício fiscal de 2013, um total de 10.258,34 euros (aproximadamente R$ 38 mil atualmente).
Segundo a Fazenda espanhola, Marcelo teria realizado operações de venda de seus direitos de imagem nos anos de 2011, 2012 e 2013. O lateral vendeu a exploração de seus direitos a uma sociedade uruguaia, que em seguida os revendeu a uma empresa britânica. Para o órgão do governo espanhol, as transações foram realizadas com a intenção de escapar do fisco.
Ainda segundo a Receita Espanhola, o brasileiro teria tentado dar uma aparência de legalidade ao negócio em 2015, quando a sociedade uruguaia solicitou registro na Espanha. Entretanto, o registro teria ocorrido como empresa, que paga menos impostos do que pessoas físicas na Espanha.
Marcelo entra para uma longa lista de jogadores de peso que tiveram problemas com o fisco espanhol. Seus companheiros de Real Madrid Cristiano Ronaldo e Sergio Ramos também foram acusados de sonegar impostos, além de atletas e treinadores renomados de outros times, como por exemplo Lionel Messi, do Barcelona, Neymar, ex-Barça e hoje no PSG, e José Mourinho, ex-técnico do Real e atualmente no Manchester United.