O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 1,24% em abril, após o recuo de 0,38% em março, divulgou nesta terça-feira, 9, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou perto do piso do intervalo das projeções do mercado financeiro, que estimavam uma queda que ia de -1,27% até -0,80%, com mediana de -1,03%, de acordo com as instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma redução de 1,13% no ano e avanço de 2,74% em 12 meses.
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve queda de 1,96% em abril, após um recuo de 0,78% em março. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, teve aumento de 0,12%, ante um crescimento de 0,47% em março. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, apresentou ligeira queda de 0,02% em abril, após a elevação de 0,16% em março.
O período de coleta de preços para o índice de abril foi do dia 1º ao dia 30 do mês.
IPAs
Os preços dos produtos agropecuários no atacado, medidos pelo IPA Agrícola, recuaram 4,10% em abril, após caírem 2,09% em março, dentro do IGP-DI. Já os produtos industriais mensurados pelo IPA Industrial registraram queda de 1,19% no atacado em abril, ante redução de 0,30% em março.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 0,39% em abril, depois da queda de 0,04% em março. Os preços dos bens intermediários caíram 0,86%, ante recuo de 0,89% no mês anterior. Os preços das matérias-primas brutas registraram redução de 5,83% em abril, após o recuo de 1,51% em março.
Núcleo do IPC-DI
O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna (IPC-DI) de abril subiu 0,28%, após uma elevação de 0,37% em março, segundo a FGV.
O núcleo do IPC-DI é usado para mensurar tendências e calculado a partir da exclusão das principais quedas e das mais expressivas altas de preços no varejo. Ainda de acordo com a FGV, o núcleo acumulou uma elevação de 1,25% no ano. A taxa do núcleo acumulada em 12 meses foi de 5,04%.