Os juros futuros encerraram em baixa firme a sessão regular do segmento BM&F, influenciados principalmente pelas expectativas para a política monetária de curto prazo que antecedem a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira, 31. O volume de contratos negociados, contudo, foi abaixo do padrão, refletindo a ausência de negócios em Nova York em razão do feriado do Memorial Day.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2017 (332.730 contratos) fechou na mínima, com taxa de 10,292%, ante 10,335% no ajuste anterior; a taxa do DI janeiro de 2018 (61.110 contratos) terminou também na mínima, de 9,265%, de 9,340% no último ajuste. O DI janeiro de 2019 (107.005 contratos) fechou com taxa de 9,26%, de 9,36%, e a taxa do DI janeiro de 2021 (82.020 contratos) caiu de 10,49% para 10,35%.
A queda das taxas foi definida no período da tarde, quando as taxas zeraram a pressão de alta vista ao longo da manhã. O noticiário da crise política dos últimos dias pesou na primeira parte dos negócios, com o mercado avaliando o pedido de demissão da presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Maria Silvia Bastos e a troca do ministro da Justiça, com Torquato Jardim no lugar de Osmar Serraglio. Mas depois foi absorvido, dando lugar às expectativas para a política monetária como principal vetor a conduzir os negócios.
As apostas de corte de 1 ponto porcentual na taxa básica já são quase um consenso para a reunião de maio. Em relatório divulgado hoje, o BTG Pactual reduziu de 1,25 ponto para 1 ponto sua expectativa, mas manteve a projeção que indica a Selic em 8,25% no fim do ciclo de afrouxamento monetário, previsto para outubro.