Economia

Exportações crescem com melhora nos preços internacionais, diz MDIC

O superávit recorde registrado na balança comercial em maio (US$ 7,662 bilhões) e nos cinco primeiros meses do ano (US$ 29,032 bilhões) foi alcançado principalmente por causa do aumento nos preços dos produtos vendidos pelo Brasil ao exterior. No mês, a exportações cresceram 7,5%, enquanto as importações subiram 4%. No ano, a alta nas vendas foi de 18,5%, enquanto as compras do exterior aumentaram 8,4%.

O diretor do Departamento de Estatística do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Herlon Brandão, destaca que, nos cinco primeiros meses do ano, houve alta nos preços dos produtos exportados de 19,7%, enquanto a quantidade vendida caiu 0,8%.

Brandão ressalta a melhora nos preços internacionais de produtos como minério de ferro, produtos agrícolas e petróleo. “Nos primeiros meses do ano passado, patamares de preços estavam extremamente baixo, por isso esse crescimento significativo”, completou.

Ele chamou a atenção para o superávit de US$ 2,652 bilhões na conta petróleo de janeiro a maio. No mesmo período do ano passado, havia um déficit de US$ 1,199 bilhão no comércio do produto.

Apesar de as importações registrarem crescimento de 8,4% nos cinco primeiros meses do ano, no caso dos bens de capital, porém, há uma queda de 19,4%. “Isso vem do quadro de recessão dos últimos dois anos. Como existe capacidade ociosa, investimento demora mais a reagir”, afirmou.

Brandão ressaltou o crescimento nas importações da Argentina em maio de 20,1%, principalmente por conta de trigo, milho e cevada, sendo 8,1% nos cinco primeiros meses. Já as exportações para o país cresceram 21,7% em maio e 25,6% no acumulado, puxado pelo setor automotivo e máquinas agrícolas. O superávit no comércio entre os dois países chega a US$ 3 bilhões de janeiro a maio.

PIB

Brandão destacou a contribuição expressiva das exportações para o crescimento do PIB no primeiro trimestre do ano. As vendas de bens e serviços aumentaram 4,8%, acima de outros componentes do PIB, que aumentou 1% no primeiro trimestre. Ele acredita que essa contribuição será em menor medida nos próximos meses porque , no início do ano passado, os preços dos produtos exportados estavam baixos, o que reduziu a base de comparação.

A previsão do governo para este ano é de um superávit acima de US$ 55 bilhões. “As exportações estão crescendo continuamente, temos demanda com preços aquecidos de vários produtos que o Brasil exporta e capacidade de oferta”, acredita.

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