Os juros futuros operam em alta na manhã desta sexta-feira, 2, em sintonia com o desempenho positivo do dólar ante o real e no exterior nesta manhã. No radar dos investidores está a divulgação do relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos (às 11h30 pelo horário de Brasília). Os agentes financeiros esperam criação de 177 mil vagas em janeiro, com aumento do salário médio por hora de 0,20% e manutenção da taxa de desemprego em 4,1%.
Às 9h50, o contrato de DI para janeiro de 2019 estava em 6,82%, de 6,805% no ajuste de quinta-feira. O DI para janeiro de 2021 a 8,88%, de 8,81% no ajuste da véspera. E o DI para janeiro de 2023 a 9,56%, de 9,47% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista subia 1,04% neste mesmo horário, aos R$ 3,2023.
O dólar se recupera parcialmente nesta sexta, após acumular perdas ante o real de 4,40% em 2018 até quinta. O ajuste ocorre em meio à mudança de humor lá fora. Além do dólar, os juros dos Treasuries, dos Gilts do Reino Unido e dos Bunds alemães avançam, contribuindo para as perdas no mercado acionário diante de expectativas de aceleração do ritmo de aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed) e especulações em torno da retirada de estímulos por parte do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco do Japão (BoJ).
A próxima semana também justifica alguma ajuste de posição, porque o Congresso retoma na segunda-feira, 5, as atividades e o Copom decide sobre a Selic (quarta-feira, 7), que está em 7% ao ano. O mercado dá como praticamente certo um corte do juro básico para 6,75% este mês, conforme quase todas as expectativas da pesquisa do Projeções Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Mais cedo, o presidente Michel Temer voltou a defender a aprovação da reforma da Previdência em entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco. Segundo Temer, “sem ela os aposentados poderão ficar sem o benefício”.
Na agenda, o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, anuncia às 11h30 o decreto de programação orçamentária e financeira de 2018 sobre quanto os ministérios terão de recursos para gastar.
Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas informou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,46% em janeiro, desacelerando ante o aumento de 0,55% verificado em dezembro e também em relação ao avanço de 0,52% registrado na terceira quadrissemana do mês passado.
A taxa de janeiro ficou dentro de 11 projeções colhidas pelo Projeções Broadcast, que iam de alta de 0,42% a 0,72%, mas abaixo da mediana, de 0,57%. O IPC-S Semanal acelerou em cinco das sete capitais pesquisadas entre a terceira quadrissemana de janeiro e o fechamento do mês. No geral, o IPC-S avançou de 0,59% para 0,69% no período.