À espera do Rota 2030, a Audi do Brasil está com seu novo plano de investimento atrasado desde setembro, informa o presidente da empresa, Johannes Roscheck. “Cada dia de atraso representa um impacto que não conseguimos mais compensar”, diz o executivo. A fábrica do grupo no Paraná produz os modelos A3 e Q3 e avalia novos produtos.
Ele ressalta que o atraso em definir o novo regime automotivo pode prejudicar ainda mais o País na inserção à “revolução tecnológica” que ocorre globalmente. “O Brasil poderá ficar muito atrasado em relação às novas gerações de carros que serão lançados lá fora”, diz. “Nos últimos anos houve esforço para diminuir essa diferença e, se pararmos, será difícil recuperar.”
Roscheck defende medidas diferenciadas para as empresas que abriram fábricas nos últimos cinco anos para produzir carros premium. Uma delas é a redução do imposto de importação de peças não fabricadas localmente. Ontem, o ministro Marcos Jorge de Lima disse que o Mdic trabalha para que seja devolvido “em breve” a essas montadoras recursos de crédito de imposto de importação a que o grupo tem direito. O valor estimado é de R$ 250 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.