Os juros futuros de curto e médio prazos fecharam a sessão regular em leve queda e os longos praticamente estáveis, pouco antes da divulgação da ata do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos), o principal evento da agenda desta quarta-feira, 21. Logo após a publicação do documento, às 16 horas, os ativos aqui e em Nova York engataram melhora, com o dólar atingindo as mínimas ante o real, abaixo de R$ 3,25, e o Ibovespa, nas máximas e no inédito patamar dos 87 mil pontos.
Em Nova York, os índices acionários também aceleraram os ganhos e bateram as máximas. Por isso, as taxas tendem a acompanhar a reação dos demais segmentos na sessão estendida.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou na mínima de 6,550%, de 6,575% no ajuste de terça, e a do DI para janeiro de 2020 caiu de 7,62% para 7,58%. A taxa do DI para janeiro de 2021 encerrou na mínima, de 8,53%, ante 8,57% no ajuste de terça. A taxa do DI para janeiro de 2023 fechou em 9,46%, de 9,47%.
A ata do BC americano foi considerada menos “hawkish” (rígida) que o esperado, ao afirmar que a maioria dos dirigentes concorda que a “trajetória gradual de alta” dos juros seria apropriada e que viu dados sugerindo cenário modestamente mais forte. A maioria ainda vê a inflação subindo em 2018 e se estabilizando em torno de 2% no médio prazo. Ainda, os diretores notaram poucos sinais de recuperação ampla do crescimento salarial.
Ao longo do dia, as taxas tiveram trajetória errante, ora em leve alta ora em leve baixa, mas sem se afastar muito da estabilidade. Como agenda e o noticiário doméstico não trouxeram nesta quarta novidades e as taxas haviam caído com força nos últimos dias, o mercado não conseguiu firmar tendência, até em função da espera pela ata do Fed. De um lado, se o alívio de prêmios recente poderia atrair alguma correção, de outro permanece firme a aposta de um cenário de inflação benigno que deve levar o Comitê de Política Monetária (Copom) a reduzir a Selic em março.