O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou para empréstimos já aprovados R$ 3,857 bilhões em janeiro, queda nominal (sem descontar a inflação) de 18% em relação ao valor liberado em igual mês de 2017. No acumulado em 12 meses até janeiro, o valor desembolsado foi de R$ 69,889 bilhões, 20% a menos, também em termos nominais, do que nos 12 meses anteriores.
As consultas, que vinham mostrando estabilização nos últimos meses, voltaram a cair em janeiro. O valor das consultas somou R$ 3,915 bilhões no primeiro mês do ano, recuo nominal de 26% em relação ao primeiro mês de 2017. As consultas ao BNDES, primeiro passo do processo de pedido de empréstimo ao banco, funcionam como sinal do apetite das empresas por investimentos.
“Os números de desempenho do BNDES aferidos em janeiro de 2018, por fase de operação, mantiveram tendência de queda, à exceção das aprovações de novos financiamentos (R$ 4,7 bilhões), que ganharam fôlego neste primeiro mês, crescendo 2% na comparação com janeiro de 2017. No agregado dos últimos doze meses, as aprovações somam R$ 75 bilhões”, diz a nota divulgada nesta terça-feira, 27, pelo BNDES.
Em termos setoriais, a indústria encolheu ainda mais no BNDES. Os desembolsos para projetos industriais em janeiro somaram em R$ 442 milhões, queda nominal de 53%. Os empréstimos para os projetos de investimento da agropecuária ficaram em valor superior, com R$ 936 milhões, ainda assim um tombo de 27% em relação ao desembolsado em janeiro de 2017.
Já os desembolsos para os projetos de infraestrutura somaram R$ 1,357 bilhão, recuo de 5% ante janeiro de 2017. Por fim, os financiamentos para o setor de comércio e serviços recebeu R$ 1,122 bilhão, alta de 5% em relação a janeiro do ano passado.
O BNDES desembolsou em janeiro R$ 2,161 bilhões para médias, pequenas e microempresas (MPMEs), queda nominal (sem descontar a inflação) de 7% em relação a janeiro de 2017. O recuo foi menor do que os 18% registrados no total liberado pelo banco de fomento, elevando a participação das MPMEs nos desembolsos para 56%.
“O crescimento expressivo das empresas de médio e pequeno porte se reflete no desempenho de programas do banco que atendem prioritariamente a essa faixa”, diz a nota divulgada pelo BNDES.
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