Antes mesmo da definição sobre o destino da presidente da Petrobras, Graça Foster, deputados já davam como certa sua substituição. Diante dos rumores da saída da dirigente, os parlamentares avaliavam que as mudanças no comando da estatal proporcionariam a recuperação da credibilidade da empresa.
No PMDB, a possível demissão de Graça Foster era considerada positiva para a estatal. “Essa atitude já deveria ter sido tomada há muito tempo atrás. A instituição perdeu muito. A renovação da diretoria poderia ter evitado o caos que se estabeleceu”, comentou Manoel Júnior (PMDB-PB), um dos candidatos a líder da bancada. O deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que também disputa a liderança do partido na Casa, disse que havia cobrança para o restabelecimento da credibilidade da empresa. “Era necessária a demonstração de virada de página”, comentou.
Para a oposição, que articula a criação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o ciclo da executiva na empresa já havia se concluído “há muito tempo”. “Demorou muito mais do que se esperava”, avaliou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). Para o tucano, Graça cumpre a função de “limpar” tudo o que foi feito pelo PT na empresa. “Não tinha o menor sentido ela continuar à frente da Petrobras”, declarou.
O deputado Mendonça Filho (PE), líder do DEM, também criticou a demora da presidente Dilma Rousseff em trocar a presidência da Petrobras. “É evidente que ela não tinha nenhuma condição de continuar à frente da Petrobras. Infelizmente o que o governo fez foi desgastar ainda mais a imagem da presidente da empresa e da própria empresa. A Petrobras precisa de um novo comando que restaure a credibilidade da empresa e que possa devolver à Petrobras a boa governança, retirando o aparelhamento político”, afirmou.