O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse em delação premiada ter entregue R$ 2 milhões para a campanha de Roseana Sarney ao governo do Maranhão em 2010, a pedido do então ministro de Minas e Energia, senador Edison Lobão (PMDB). A reunião teria acontecido no gabinete do ministro. Lobão e Roseana serão investigadas por corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro.
O doleiro Alberto Youssef negou ter feito pagamentos a Roseana, mas afirmou que Costa nem sempre informava quem seriam os beneficiários de algum pagamento, quando a entrega do dinheiro era feita pessoalmente. Mesmo sem confirmar integralmente as declarações de Costa, aponta a Procuradoria-Geral da República, Youssef deixa clara a possibilidade “de que tenha efetivamente participado desse pagamento”.
“As condutas relatadas acima, dentro do contexto de pagamento de vantagens indevidas no âmbito da PETROBRAS, apontam, pelo menos, para a solicitação e o recebimento de vantagem indevida por funcionário público (Edison Lobão), em razão de sua função, em benefício e com a aquiescência e participação de Roseana Sarney”, escreveu o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A PGR quer a agenda de reuniões de Lobão e registros de entradas na sede do Ministério.