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Eletropaulo anuncia investimentos para ampliar atividades de poda de árvores

A AES Eletropaulo, distribuidora de energia responsável pelo abastecimento elétrico da capital paulista e outros 23 municípios da região metropolitana de São Paulo, ampliará o volume de investimentos em atividades de manutenção e poda de árvores na área de concessão. O valor do aporte adicional, contudo, ainda não está definido, informou o vice-presidente de Operações da Eletropaulo, Sidney Simonaggio. A mobilização das equipes para a atividade de poda deve levar entre 30 e 90 dias.

“Faremos mais 200 mil podas de árvore. E também aumentaremos para 3.300 quilômetros a quantidade de manutenção da nossa rede”, revelou o executivo. “Estamos fazendo isso adicionalmente ao nosso programa, porque os ventos avariaram muita coisa. Outros locais ficaram comprometidos e podem vir a ter problemas em um futuro próximo”, complementou Simonaggio.

Para atender as ocorrências dos últimos dias, a Eletropaulo chegou a recorrer a equipes de atendimento de outras duas distribuidoras com atuação no estado de São Paulo, a EDP Bandeirante e a CPFL. Foram quatro equipes da Bandeirante e dez da CPFL. Esse contingente complementou uma equipe regular de 307 da Eletropaulo, número que pode chegar a até 800 equipes em momentos excepcionais a partir do deslocamento de funcionários escalados para outras tarefas e serviços.

Minutos antes da declaração de Simonaggio, o secretário de Energia de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, fez uma série de críticas à distribuidora. Hoje, a diretoria e membros do governo paulista se reuniram para discutir o plano de medidas implementado pela Eletropaulo entre os dias 9 e 18 de janeiro. A Eletropaulo entregou um relatório ao governo de São Paulo, o qual foi classificado como insuficiente por Meirelles. O secretário salientou que o governo estadual estava diante das informações consideradas insuficientes apresentadas pela Eletropaulo durante a reunião, Meirelles afirmou que o governo estadual sentia “desconforto” em relação aos resultados da reunião com a Eletropaulo.

Simmonagio também comentou sobre a possibilidade de os fios da rede elétrica serem aterrados em São Paulo, e enfatizou que o trabalho precisa de uma mobilização ampla e conjunta. O custo para aterrar os fios é estimado em R$ 5 milhões por quilômetro de rede. “É um custo que precisa ser diluído entre vários setores da sociedade”, destacou o executivo.

As prefeituras deveriam assumir as despesas com o trabalho de recapeamento das vias e reconstrução das calçadas, defende Simmonagio. Os governos estaduais e municipais deveriam reduzir os encargos sobre os produtos e serviços aplicados sobre a atividade de enterramento. E, por fim, os proprietários de imóveis beneficiados com a medida, a partir da valorização dos locais, também participariam do projeto a partir de um maior pagamento de impostos.

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