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Afastamento de Cunha melhora andamento de impeachment, diz tucano

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse há pouco que o afastamento do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato na Câmara não deslegitima o processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff. “Muda para melhor. Foi uma medida correta”, disse o tucano, antes do início da sessão da comissão especial do impeachment.

Cássio Cunha Lima elogiou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki de conceder a liminar que afasta Cunha do mandato, em resposta a uma ação pedida em dezembro pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

“Se havia alguma dúvida quanto ao risco que a nação sofreria de, com o afastamento de Dilma, Cunha ser o segundo na linha sucessória, esse risco desaparece”, disse. “É uma situação extrema, mas estamos diante de situações extremas. Diante de uma crise crônica, uma medida aguda às vezes é necessária para trazer estabilidade ao País”. Para o senador, a decisão de Teori deverá ser confirmada pelo plenário.

Ele refutou a ideia de que o afastamento de Cunha invalide o andamento do processo de impeachment no Senado. Um dos argumentos da defesa da presidente Dilma Rousseff é o de que Cunha aceitou dar início ao pedido de impeachment na Câmara por “vingança”, depois que a bancada do PT decidiu votar pela abertura do processo contra o deputado no Conselho de Ética. Isso, para o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, significaria “desvio de finalidade” e “nulidade do processo”.

Porém, para o líder do PSDB, a chegada do processo ao Senado não veio apenas do despacho de Cunha, mas do voto de 367 deputados federais em favor de sua continuidade. “Para o PT, Cunha foi legítimo quando mandou arquivar 43 pedidos de impeachment, mas foi deslegítimo quando autorizou um”, criticou.

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