Economia

TIM: principal desafio está na execução do novo plano de investimentos

O presidente da TIM, Rodrigo Abreu, afirmou nesta quarta-feira, 06, em teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre do ano, que o principal desafio da companhia está na execução do plano de investimentos referente ao período 2015/2017, que soma R$ 14 bilhões. O anterior, referente a 2014/2016, era de R$ 11 bilhões. Com isso, houve aumento de 27% entre eles.

“Nosso principal desafio está na execução desse plano, com aumento de equipes, projetos e de número de unidades de produção significativos”, afirmou. O executivo avaliou que o “desafio foi bem executado” no primeiro trimestre deste ano.

O capex (investimento) alcançou R$ 924 milhões, aumento de 50,7% em comparação ao primeiro trimestre de 2014. “Esse aumento de 50% ocorreu no primeiro trimestre, período que costuma ser mais difícil devido aos feriados, como do Carnaval, e férias”, disse.

Expectativa de crescimento

O executivo destacou, em carta no relatório de resultados do primeiro trimestre, que a companhia iniciou 2015 com um cenário macroeconômico mais difícil, frente a uma redução na expectativa de crescimento e significativa apreciação do cambio em relação ao ano anterior.

“Compondo esse cenário, também continuamos a observar a rápida transformação da indústria móvel em direção ao mundo dos dados, em linha com a estratégia da companhia e principais tendências de mercado”, disse.

Apesar disso, afirmou que a tele continua a apresentar “sólida execução, demonstrando a resiliência do nosso negócio e suas principais métricas operacionais mesmo em face dos obstáculos de receita no curto-prazo”.

Entre elas, destaca a nova rodada de redução da VU-M (tarifas de interconexão) e a aceleração da queda de serviços de SMS, impactados pelo fenômeno global de uso de aplicativos de mensagem, que também traz impacto na utilização de voz na indústria em geral.

Serviço de voz

Em meio às mudanças no setor, o presidente da TIM afirmou ver uma tendência de médio e longo prazo de que os serviços de voz deixarão de ser tarifados como um serviço separado.

“A minha visão de longo prazo é que em um determinado momento – não sei exatamente quando – muito provavelmente a voz deixará de ser tarifada como um serviço separado e passará a ser mais um dos serviços dentro de um grande pacote que o usuário tenha à sua disposição”, afirmou.

Segundo o executivo, a tendência é de médio e longo prazo, mas “as receitas de curtíssimo prazo de substituição de voz por dados já começam a acontecer e isso a gente tem visto”.

Abreu afirmou que diante disso, há todo um esforço de novos planos que acabem fazendo que a voz seja incluída em alguns tipos de oferta mais atraentes, “para sustentar no curtíssimo prazo o Arpu (receita média por usuário) de voz”.

Arpu

A receita média por usuário da TIM atingiu R$ 17 no primeiro trimestre do ano, queda de 5,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. A tele justificou que o resultado foi influenciado “em grande parte” pelo corte da VU-M (tarifas de interconexão móveis). Sem esse efeito, a companhia destaca que a receita teria caído 1,6% na comparação anual.

A companhia ponderou que a magnitude da incidência da VU-M sobre as receitas vem diminuindo significativamente e alcançou seu nível mais baixo, em cerca de 10%.

De acordo com o balanço divulgado pela empresa, o indicador MOU (minutos de uso) atingiu 120 minutos no primeiro trimestre, queda de 14% quando comparado ao mesmo período do ano passado, “principalmente devido ao surgimento de novas tecnologias relacionadas a dados e a consequente migração do padrão de uso”.

Já a receita líquida total atingiu R$ 4,547 bilhões no primeiro trimestre, retração de 3,3% na comparação anual. A receita líquida de serviços somou R$ 3,940 bilhões, queda de 3,9% ante o primeiro trimestre de 2014. A TIM informou ainda que excluindo os efeitos do corte da VU-M, a receita total líquida de serviços no trimestre teria sido de R$ 4,097 bilhões, estável na base de comparação anual.

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