Após o Banco Central informar que espera uma inflação de 7,9% em 2015, o mercado financeiro apresentou leve revisão, de 8,12% para 8,13% em suas estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período. Há um mês, a mediana das previsões para o indicador estava em 7,47%. Esta é a décima terceira semana consecutiva em que há alta das projeções para esse indicador.
No Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as previsões, a mediana para o IPCA deste ano segue acima da banda superior de 6,5% da meta e segue em 8,33% de uma semana para outra. Quatro semanas atrás, estava em 7,51%.
Para o final de 2016, a mediana das projeções para o IPCA foi levemente reduzida de 5,61% para 5,60%. Quatro semanas atrás estava em 5,50%. Já no Top 5, a projeção para a inflação no final do ano que vem foi mantida em 5,64% – um mês antes estava em 5,45%. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação do BC, a taxa ficará em 4,9% pelo cenário de mercado – que considera juros e dólar constantes – ou em 5,1%, levando-se em consideração as estimativas da Focus passada.
As expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente seguem elevadas, mas mostraram um forte recuo. Na edição de hoje, essa projeção passou de 6,49% para 6,30% – um mês antes estava em 6,54%. No curto prazo, os preços mostram mais descontrole. Depois da alta de 1,24% de janeiro, revelada pelo IBGE, e de 1,22% em fevereiro, a projeção para a taxa em março, também segue acima de 1%. De acordo com o boletim Focus, a mediana das estimativas permaneceu em 1,40% – um mês antes, estava em 0,95%. Algum refresco para a inflação mensal é aguardado apenas para abril, quando o índice deve ter alta de 0,62% – mesmo patamar da semana anterior, mas acima dos 0,58% vistos quatro edições da Focus atrás.