A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 50 milhões no acumulado das quatro primeiras semanas de abril. Até o dia 26 de abril, as exportações somaram US$ 11,884 bilhões e as importações, US$ 11,934 bilhões. Esses números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) nesta segunda-feira, 27.
Na quarta semana de abril, entre os dias 20 e 26, foi registrado superávit comercial de US$ 58 milhões, com vendas ao exterior de US$ 3,086 bilhões e compras de US$ 3,028 bilhões.
Com isso, no acumulado do ano, o déficit comercial da balança comercial brasileira ficou em US$ 5,607 bilhões, resultado de embarques que somam US$ 54,659 bilhões e importações de U$S 60,266 bilhões.
A média diária das exportações em abril, até a quarta semana, foi de US$ 742,8 milhões, o que significou uma retração de 24,7% em comparação com a média diária de US$ 986,2 milhões de abril de 2014.
A baixa ocorreu, de acordo com o MDIC, devido à queda das três categorias de produtos: básicos (-29,4%, de US$ 530,4 milhões para US$ 374,3 milhões, por conta, principalmente, de minério de ferro, soja em grão, farelo de soja, carne suína, de frango e bovina, e café em grão), semimanufaturados (-24,3%, de US$ 107,2 milhões para US$ 81,1 milhões, pelas quedas de açúcar em bruto, óleo de soja em bruto, ouro em forma semimanufaturada, couros e peles, ferro-ligas, celulose e semimanufaturados de ferro/aço) e manufaturados (-17,2%, de US$ 323,5 milhões para US$ 267,8 milhões, por conta de açúcar refinado, automóveis, motores e geradores, aviões, máquinas para terraplenagem, autopeças, motores para veículos e óxidos e hidróxidos de alumínio).
Relativamente a março de 2015, a queda da média diária foi de 3,8%, em virtude da retração nas vendas de produtos semimanufaturados (-27,5%, de US$ 111,9 milhões para US$ 81,1 milhões) e manufaturados (-9,8%, de US$ 296,9 milhões para US$ 267,8 milhões), enquanto cresceram os produtos básicos (+9,4%).
Nas importações, a média diária até a quarta semana de abril deste ano, de US$ 745,9 milhões, ficou 22,4% abaixo da média de abril do ano passado (US$ 960,9 milhões). Nesse comparativo, caíram os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (-43,8%), combustíveis e lubrificantes (-40,5%), veículos e partes (-21,6%) e químicos orgânicos/inorgânicos (-21,4%). Ante março/2015, houve queda de 0,7%, pelas retrações em químicos orgânicos/inorgânicos (-20,0%), adubos e fertilizantes (-6,9%), farmacêuticos (-1,3%) e aparelhos eletroeletrônicos (-1,1%).