O craque argentino Lionel Messi deveria ter sido vendido no último verão europeu, na janela de transferências do meio do ano, para ajudar a diminuir a crise financeira provocada pela pandemia do novo coronavírus. Essa é a posição defendida nesta quinta-feira por Carles Tusquets, presidente da Comissão de Gestão e que atua como mandatário interino do clube.
"Do ponto de vista econômico, teria vendido o Messi no verão. Teria sido desejável, pelo dinheiro que entraria e que pouparíamos. A LaLiga (entidade que organiza o Campeonato Espanhol) exige limites salariais", declarou o dirigente em entrevista à rádio catalã RAC1.
"É péssimo. É preocupante, mas esperançoso", revelou Tusquets sobre o estado das contas do clube, que no segundo semestre deste ano promoveu um reajuste salarial entre todo o elenco principal e quadro de funcionários.
A situação é tão crítica que o clube não vai fazer um pagamento aos jogadores previsto para janeiro. Isso depois de cortes salariais e de prêmios. "Também ficou acordado com eles que alguns bônus terão de ser adiados", explicou.
O presidente interino, que assumiu no lugar de Josep Maria Bartomeu, também praticamente descartou a possível contratação de Neymar, hoje no Paris Saint-Germain, muito especulado no Barcelona durante a janela de transferências. "Se vier de graça, talvez poderemos arcar. A menos que o próximo presidente faça um milagre ou se vendermos todo mundo e todo o dinheiro vá para essa operação", afirmou.
Em outro assunto, o dirigente avisou que o estádio Camp Nou "está literalmente perto de cair" aos pedaços e precisa de obras. "Tem de ser feito. Pedaços do teto caíram em uma porta de entrada. No dia da votação pode cair um pedaço em cima de um sócio", completou Tusquets.