Economia

Barbosa diz que não vê necessidade de capitalização para recuperação da Petrobras

Em teleconferência para investidores nesta segunda-feira, 21, o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, manifestou confiança no comando da Petrobras para tomar as medidas necessárias à sua recuperação.

A um pergunta sobre a ação do governo federal em relação à petroleira, o ministro disse que a empresa trabalha com autonomia e independência desde o início do ano e que a sua diretoria tem bons profissionais que tomarão as medidas apropriadas para melhorar a situação financeira da companhia.

Segundo ele, após os cortes nos últimos anos, Petrobras deve conseguir estabilizar seus investimentos em 2016. O ministro da Fazenda reconheceu que a empresa vive uma situação de endividamento elevado, mas que, como todas as empresas do setor, está sendo afetada pela queda do preço internacional do petróleo.

Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, e ao jornal “O Estado de S. Paulo”, no sábado passado, o ministro disse que não vê necessidade de uma nova capitalização na companhia. “Não acho que é necessário esse movimento”, afirmou, ao ser questionado se defendia uma operação para elevar a capacidade financeira da petroleira.

“No início do ano a Petrobras estava numa situação muito mais complexa e mais difícil do que está hoje. Foram feitos avanços. Hoje a Petrobras está com seus balanços publicados, o presidente (Aldemir) Bendine tem tomado as ações necessárias. Trabalhei muito próximo dele e do Ivan (Monteiro, diretor financeiro da Petrobras) no Banco do Brasil.

Na entrevista, Barbosa salientou ter plena confiança no comando da Petrobras. “Sei que eles estão tomando as medidas necessárias para reequilibrar a situação da companhia e recuperar o seu resultado o mais rápido possível. Só que estamos vivendo um período em que o preço do petróleo caiu e isso afetou o desempenho de todas as companhias petrolíferas no mundo”, afirmou.

Levy

Barbosa foi questionado também sobre a gestão do seu antecessor, Joaquim Levy. Ele foi diplomático, elogiou a gestão Levy e disse que se beneficiará disso. “Eu posso falar por mim, muitas coisas foram feitas no ano corrente (2015)”, disse.

Além de citar que a Petrobras melhorou, ele disse que a economia está se ajustando. “Por conta dessas mudanças sob a liderança de Levy, eu acho que começo (minha gestão) numa base mais favorável e vou me beneficiar do trabalho que já foi feito”, afirmou antes de reiterar a necessidade de conquistar a confiança dos investidores.

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