Economia

Ibovespa cai e tem menor nível desde 20 de março de 2009

Se pela manhã a Bovespa subia na esteira da recuperação dos mercados internacionais, à tarde faltaram motivos para a alta se sustentar. Diante da instabilidade dos preços do petróleo e da perda de fôlego das bolsas dos EUA, o Ibovespa também titubeou. Operou entre altas e baixas e acabou terminando no vermelho o terceiro pregão seguido.

O Ibovespa encerrou o dia em baixa de 0,20%, aos 40.612,21 pontos, menor nível desde 20 de março de 2009 (40.076,41 pontos). Na mínima, marcou 40.463 pontos (-0,57%) e, na máxima, 41.218 pontos (+1,29%). Na primeira semana de 2016, acumulou perda de 6,31%. O giro financeiro voltou a enfraquecer e somou apenas R$ 4,605 bilhões.

“O mercado amanheceu melhor depois das mudanças na China, sem o Banco Central do país desvalorizar a moeda local. Isso gerou uma onda otimista até a divulgação do payroll. A reação inicial aos dados de emprego dos EUA foi de euforia com a recuperação da economia dos EUA. Mas, depois, o mercado começou a visualizar um aumento da taxa de juros no país e isso desagradou”, comentou Hersz Fermann, da Elite Corretora.

À tarde, o petróleo passou a trabalhar com muita volatilidade, entre altas e baixas, e isso influenciou no comportamento das bolsas norte-americanas. A Bovespa, que olhava de longe o desempenho lá de fora, também acompanhava, num dia mais fraco do que o visto pelos índices de Wall Street.

Na Nymex, o contrato para fevereiro caiu 0,33%, a US$ 33,16 o barril. O Dow Jones caiu 1,02%, o S&P, 1,08% e o Nasdaq, 0,98%.

Aqui, Petrobras ON fechou em +0,38% e a PN, em +0,16%. Vale, pressionada pelo recuo das mineradoras ao redor do globo, caiu 3,39% na ON e 4,76% na PNA. Na semana, a ação ON perdeu 19,11% e a PNA, 20%.

Siderúrgicas, por outro lado, subiram, ajudadas pela notícia de que a Baosteel anunciou aumento dos preços e pela trégua na China. Gerdau PN, +3,42%, Metalúrgica Gerdau PN, +4,17%, Usiminas PNA, +2,61%, CSN ON, +3,64%.

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