Se na entrevista ao <i>Jornal Nacional</i> o presidente Jair Bolsonaro (PL) procurou se controlar diante dos questionamentos dos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos, nas redes sociais o presidente e seu entorno mais fiel publicaram mensagens irônicas e provocativas a respeito da TV Globo.
“Foi uma enorme satisfação participar do pronunciamento de William Bonner Kkkkk. Na medida do possível, com muita humildade, pudemos esclarecer e levar algumas informações que raramente são noticiadas em sua emissora. Pela paciência e audiência, o meu muito obrigado a todos!”, escreveu Bolsonaro no Twitter. “O Bonner tomou todo meu tempo, ele tava com saudade da audiência. hahaha.”, diz outra publicação do presidente.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por sua vez, afirmou que o pai “jantou” o apresentador William Bonner durante a sabatina e depois foi comer batatas fritas em Marechal Hermes, no Rio de Janeiro. O parlamentar ainda afirmou que a entrevista foi a “vitória da humildade sobre a arrogância”. “Foram péssimos atores. Caras e bocas de cinismo, perguntas irrelevantes e o Presidente. Bolsonaro gigante nas respostas!”, escreveu Flávio no Twitter.
A rede social, no entanto, registrou um universo bem maior de menções críticas a Bolsonaro do que positivas. Dados do instituto de pesquisas Quaest mostram que o presidente teve 65% de menções negativas e 35% de menções positivas durante a entrevista, em média. Segundo a análise, Bolsonaro teve mais críticas quando falou das urnas eletrônicas, da pandemia e dos casos de corrupção.
O presidente foi mais elogiado quando falou sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e quando assumiu o compromisso – ainda que relutante – de aceitar o resultado das eleições.
Segundo o Monitor de Redes do <b>Estadão</b>, a entrevista gerou pelo menos 189 mil menções diretas na plataforma em duas horas. Dados mostram que, além do presidente, o debate é centrado nas figuras dos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos. Já entre os assuntos abordados na entrevista se destacam a política ambiental na Amazônia, a gestão da pandemia e as relações do governo com o Centrão.