O corpo de Eder Jofre está sendo velado na Assembleia Legislativa de São Paulo e será cremado às 18 horas, desta segunda-feira, em Santos, onde o maior peso galo da história do boxe tem familiares. A filha Andrea e o filho Marcel estavam acompanhados de seus cônjuges e recepcionaram amigos e familiares, que compareceram para dar o último adeus.
Sob o caixão de Eder Jofre foi colocado um par de luvas de boxe, com seu nome e fotografia, além de uma bandeira do São Paulo, clube do qual era torcedor declarado e no qual seu pai trabalhou como treinador nos anos 50 e 60.
Eder Jofre morreu aos 86 anos, após passar sete meses internado. Ele teve uma pneumonia, que foi tratada, mas não conseguiu recuperar o peso e acabou não suportando uma septicemia (estado infeccioso generalizado). O paulistano, nascido no Parque Peruche, sofria de encefalopatia traumática crônica, doença conhecida por "demência pugilística", diagnosticada em 2015.
Eder foi campeão mundial dos pesos galos de 1960 a 1965. Depois conquistou também o cinturão dos pesos penas, em 1973. Lutou na Olimpíada de Melbourne, em 1956, e se tornou profissional no ano seguinte. Lutou até 1976 e jamais foi esquecido pelo mundo do boxe, sendo homenageado constantemente no exterior.
Eder somou 81 lutas, com 75 vitórias (53 nocautes), quatro empates e duas derrotas. Teve seu nome colocado no Hall da Fama do Boxe, em Canastota, Estados Unidos, em 1992, já na terceira edição do prêmio. Ano passado, o Galo de Ouro – apelido dado pelo escritor, dramaturgo, jornalista e publicitário Benedito Rui Barbosa – também entrou para o Hall da Fama do Boxe da Costa Oeste.