O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirma que o papel do Estado é "dar as regras e fiscalizar, não atuar onde é pouco eficiente". Leite participa de painel com governadores no evento Expert XP, em São Paulo.
"No setor público, tem de contratar para concurso público, abrir sindicância para demitir. Para contratar precisa fazer licitação. O Brasil precisa de uma reforma administrativa", afirma Leite. Para ele, é importante contar com os recursos e eficiência que o setor privado pode oferecer.
O governador mencionou a recente privatização da Corsan como exemplo. "Se quisermos que o Estado faça, tem licitação para rede coletora, para o coletor tronco e para a estação de tratamento de esgoto. São pelo menos três processos licitatórios para cada um dos municípios, ou seja, mais de mil licitações. É absolutamente improvável que tenha mais de mil processos altamente bem sucedidos; vai judicializar, vai ficar obra parada. E poderia substituir esses milhares de processos por um leilão onde você coloca o setor privado, estabelece as regras e fiscaliza o cumprimento do contrato", diz Leite. "O papel do Estado é dar regras e fiscalizar, não atuar onde é pouco eficiente."
Rafael Fonteles, governador do Piauí, afirma que o papel do Estado é melhorar o ambiente de negócios. "Acredito no investimento público como alavancador do privado", diz.