Uma audiência de conciliação entre Sincoverg (representando os motoristas, mecânicos e operadores de máquinas) e Proguaru, no Tribuna Regional do Trabalho (TRT) realizada na tarde desta terça-feira terminou sem acordo entre as partes e em assembléia realizada minutos depois, os funcionários decidiram manter a greve.
Entretanto, a aprovação pela continuidade da paralisação por unanimidade de 100% da categoria confronta a decisão judicial, que considerou a greve abusiva e determina que 80% dos trabalhadores voltem aos seus postos. Em caso de descumprimento da liminar, o sindicato é obrigado a pagar uma multa diária de R$ 50 mil. "Em sua decisão, o juiz disse que as funções são de extrema necessidade, mas onde é que a função de motorista da Proguaru é urgente?", questiona o presidente do Sincoverg, o vereador em exercício Maurício Brinquinho.
Os sindicalistas dizem que a greve só foi mantida porque a Proguaru se recusa a atender a reivindicação dos trabalhadores para que a cesta básica pare de ser descontada da folha salarial. "Hoje, se um funcionário não faltar nenhuma vez no mês, ele paga R$ 27,00 na cesta. Se faltar com justificativa, vai pagar R$ 40,00. Nós só queremos que a empresa pare de cobrar esses valores, ou que cobre algo simbólico, por exemplo, R$ 5,00", continuou Brinquinho.
O sindicalista vereador diz ainda que os trabalhadores aceitariam o reajuste salarial de 6,3%, referente a reposição da inflação desde que a discussão sobre a cesta básica fosse levada adiante pela Proguaru. "Nós acreditamos que esse valor descontado na folha salarial não vai pesar nas contas da empresa se ele deixar de ser cobrado, mas o presidente da Proguaru (Arthur Cunha) preferiu empurrar a questão para o prefeito", avalia Brinquinho.
Coma decisão de manter a greve, o sindicato espera que a empresa chame a categoria em breve para discutir a questão. "Esperamos que a Proguaru nos convide para uma conversa, porque está muito fácil essa negociação. Só está faltando boa vontade", finalizou o presidente do sindicato. A Proguaru não comentou a decisão da categoria em continuar a paralisação.