As receitas com viagens corporativas totalizaram R$ 78,1 bilhões em 2016, o que representa uma queda de 8,7% na comparação com 2015, de acordo com um estudo feito pela Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev) em parceria com a GFK. Esta é a segunda queda seguida no indicador, que voltou aos patamares de 2011, quando a receita gerada pelas viagens corporativas somou R$ 79,2 bilhões. O recorde histórico foi registrado em 2014, quando as receitas chegaram a R$ 97,3 bilhões.
“O setor de viagens corporativas possui uma correlação muito alta com o PIB”, disse o presidente da GfK no Brasil, Felipe Mendes, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. “Mais de 90% das variações nas receitas do setor dependem do resultado do PIB”.
Projeções
A Alagev e a GfK ainda traçaram três possibilidades para o setor de viagens corporativas em 2017 e 2018, dependendo do desempenho do PIB nesses anos.
Segundo o estudo, o mais provável para este ano é uma alta de 0,7% do PIB e um crescimento de 1,5% nas receitas com viagens corporativas. A projeção otimista, por sua vez, indica avanços de 1,7% e de 3,7% no PIB e nas receitas, respectivamente, enquanto no cenário pessimista, o PIB cairá 0,3% e as receitas diminuirão 0,7%.
Em 2018, o modelo mais provável aponta para um crescimento de 2,3% no PIB e de 5,4% nas receitas corporativas – o cenário otimista é de avanços de 3,7% e 8,5% no PIB e nas receitas do setor, enquanto o panorama pessimista prevê altas de 1% no PIB e de 2,3% nas receitas com viagens corporativas.