O novo ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz, descartou nesta quarta-feira uma mudança na política fiscal do país para ajudar a diminuir o superávit comercial que tem com o restante do mundo. Com isso, o governo da chanceler Angela Merkel descarta um possível caminho para resolver o conflito comercial com os Estados Unidos.
No avião de volta da reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G-20 na Argentina, Scholz disse ao Wall Street Journal que o governo não consideraria grandes cortes de impostos corporativos para impulsionar a demanda doméstica, a fim de reduzir a dependência das exportações. Ele disse que pretende manter as finanças públicas “sólidas” e uma boa estrutura para negócios.
A Alemanha será um dos mais afetados na Europa, caso os EUA confirmem as tarifas à importação de aço e alumínio, que devem começar a vigorar nesta semana. O presidente americano, Donald Trump, ameaçou várias vezes impor tarifas de até 25% à importação dos carros alemães, dez vezes o nível atual.
Nesse contexto, Scholz disse que cortes de impostos “não estão atualmente na nossa agenda”. Ele ainda elogiou o diálogo entre Washington e a Comissão Europeia para tentar excluir a União Europeia das tarifas americanas. Segundo a autoridade, uma guerra comercial “levaria a uma situação onde ninguém se beneficia”. O ministro alemão lembrou que há pouco EUA e a UE dialogavam sobre livre-comércio, mas os americanos recuaram do iniciativa. Fonte: Dow Jones Newswires.