Estadão

Bolsas da Europa fecham em alta, com CPI da zona do euro e payroll dos EUA

Os mercados acionários da Europa fecharam a sexta-feira, 6, em alta, em sessão marcada por uma série de dados da zona do euro e da Alemanha, com o mercado de olho em fala de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e com dados do payroll dos EUA no radar.

Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,87%, a 7.699,49 pontos, enquanto o CAC 40, em Paris, avançou 1,47%, a 6.860,95 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 1,40%, a 25.180,35 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,97%, a 8.691,30 pontos. O índice DAX, em Frankfurt, seguiu o movimento e fechou em alta de 1,20%, a 14.610,02 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,48%, a 5.909,35 pontos. As cotações são preliminares.

A desaceleração da taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da zona do euro animou as expectativas de um processo desinflacionário em 2023, segundo análises da Oxford Economics e da XP. Também sobre a zona do euro, se destaca o aumento do índice do sentimento econômico, que avançou acima das expectativas em dezembro, e das vendas no varejo, sinalizando perspectiva econômica mais saudável.

Na Alemanha, dados de encomendas à indústria, que caíram bem mais do que o mercado esperava, indicam que os fatores que pesam sobre a economia estão se fazendo sentir mais no setor manufatureiro, segundo o Commerzbank. "Muitas empresas reduziram a produção devido ao alto custo da energia, o que naturalmente afeta seus pedidos de produtos intermediários". Na Bolsa de Frankfurt, a Henkel liderou as baixas do índice DAX com queda de mais de 2,5%.

Direcionando as expectativas para o aumento de juros de fevereiro, o dirigente do BCE, Mário Centeno, afirmou que a taxa está próxima do pico, caso não haja novos choques. A diminuição do ritmo de aperto monetário é benéfico para os mercados, que também estão sujeito aos juros no seu financiamento.

As bolsas europeias ainda ganharam o impulso de Wall Street, com o payroll alimentando os negócios nos mercados acionários americanos e levando os europeus a reboque. Os ganhos de salários menores do que o esperado aumentaram as expectativas de que o mercado de trabalho americano esteja caminhando para a direção desejada pelo Federal Reserve (Fed), avalia o Commerzbank.

Entre outras ações em destaque, estão papéis ligados a commodities. As ações da Shell tiveram alta de mais de 1,5% após a empresa prever resultados de otimização melhores neste trimestre. Já a empresa de mineração Polymetal saltou mais de 8%, a Glencore teve alta de mais de 2% e a Antofagasta subiu quase 3%.

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