A Bovespa interrompeu nesta terça-feira, 18, uma sequência de cinco quedas consecutivas ao fechar em alta de 0,49%, aos 47.450,58 pontos, e com volume financeiro de R$ 6,911 bilhões. O pregão foi volátil e o Ibovespa oscilou entre a mínima de 46.676 pontos (-1,15%) e a máxima de 48.084 pontos (+1,84%).
A tendência de alta foi definida no período da tarde, após uma manhã conturbada, influenciada pelas fortes quedas das bolsas chinesas, que repercutiram nos mercados pelo mundo, e pela divulgação de indicadores nos EUA.
A inversão da tendência veio com a notícia de que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), relatora da Medida Provisória 675, recuou de sua proposta que visava revogar a dedutibilidade dos juros sobre o capital próprio pagos a titular, sócios ou acionistas da base de cálculo do imposto de renda da pessoa jurídica. “Infelizmente não temos ambiente propício para mudar os juros sobre capital próprio”, disse a senadora, ao confirmar o recuo.
A decisão de Gleisi Hoffmann teve efeito imediato sobre as ações do setor financeiro e levou o Ibovespa à máxima do dia. O Ifinanceiro, que reúne 15 ações do setor, terminou o dia com alta de 1,53%, bem superior à do Ibovespa. Entre esses papéis, os destaques ficaram com Banco do Brasil ON (+3,37%), Itaú Unibanco PN e ON (+1,67% e +2,75%) e Bradesco PN e ON (+1,89% e +2,29%).
Em seu relatório, a senadora também recuou na proposta de tributar o extrato concentrado de refrigerantes fabricado na Zona Franca de Manaus. No parecer da semana passada, a relatora havia acatado a emenda de dois deputados federais que propunham a redução do porcentual de crédito presumido do IPI para os estabelecimentos industriais envasadores das bebidas classificadas. A decisão influenciou as ações ordinárias da Ambev, que fechou em alta de 1,24%.