Economia

Bovespa tem sessão de recuperação e sobe 1,33%

A Bovespa teve um pregão de recuperação nesta segunda-feira, 13, após fortes perdas na semana passada. A alta foi generalizada, mas teve como destaques as ações da cadeia do aço e os papéis mais sensíveis à expectativa de queda de juros no País. O cenário político foi monitorado, mas não influenciou os negócios. Ao final da sessão regular, o índice marcou 65.534,30 pontos, em alta de 1,33%.

A alta de 2,6% do minério de ferro no mercado à vista chinês (a US$ 87,9/t) foi a senha para a recuperação dos preços das ações da Vale, que vinham passando por uma pesada correção nos últimos dias. Vale ON, negociada principalmente por investidores estrangeiros, acumulou perda de 6,82% na semana passada – mais que o dobro do Ibovespa. Hoje o papel subiu 4,59%. A recuperação de Vale puxou o setor siderúrgico, que teve como destaque Gerdau PN (+3,86%) e CSN ON (+2,60%).

A expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumente o tamanho dos cortes da taxa Selic também influenciou a bolsa positivamente. Amparados na desaceleração do IPCA de fevereiro, diversos analistas refizeram projeções. Hoje, o BNP Paribas revisou sua previsão para o corte da Selic de 0,75 para 1 ponto porcentual já em abril e admitiu chance de a taxa básica encerrar 2017 abaixo da previsão, de 8%. O banco Modal foi além e alterou a previsão de queda da Selic de 0,75 ponto porcentual para 1,25 ponto.

O Índice Imobiliário, que reúne ações dos setores de construção civil, intermediação imobiliária e exploração de imóveis, terminou o dia em alta de 1,71%, acima do Ibovespa. Nesse grupo, os destaques foram Gafisa ON (+5,93%) e Direcional ON (+5,13%). Entre os papéis que fazem parte do Ibovespa, a maior alta foi de Cemig PN, que avançou 4,84% com notícias de que a empresa planeja vender o controle majoritário de quatro hidrelétricas.

O volume de negócios na bolsa mostrou retração do investidor, sobretudo o estrangeiro, que aguarda a definição dos juros nos EUA. Os negócios somaram R$ 5,6 bilhões, o menor valor de março até agora.

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