O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) espera crescimento de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, na comparação com o último trimestre de 2016. Ao longo dos quatro trimestres do ano, o PIB deverá registrar alta, na série com ajuste sazonal, mas, mesmo assim, o crescimento em relação a 2016 será de apenas 0,4%, afirmou nesta segunda-feira, 13, Silvia Matos, pesquisadora do Ibre/FGV.
“Dificilmente o PIB ficará negativo (na série com ajuste sazonal)”, disse Silvia, em palestra durante seminário sobre a conjuntura econômica, promovido pelo Ibre/FGV, no Rio. O problema, segundo a pesquisadora, é que o carregamento estatístico, após a queda de 3,6% no PIB no ano passado, está em 1,1%. “Se não tiver nenhum crescimento na margem, a economia vai encolher 1,1%”, explicou Silvia.
Para 2018, o Ibre/FGV projeta crescimento de 2,3% no PIB. Além disso, Silvia destacou que o processo deflacionário segue seu curso. Com isso, há espaço para corte de juros. A pesquisadora informou que os economistas do Ibre/FGV esperam que a Selic, taxa básica de juros, hoje em 12,25% ao ano, encerre 2017 em 9,75%. No mesmo evento, o pesquisador Salomão Quadros informou que a projeção do Ibre/FGV para o IPCA de 2017 está em 4,1%.