Funcionários da fabricante de máquinas Caterpillar, de Piracicaba (SP), aprovaram na quinta-feira, 6, em assembleia a redução da jornada de trabalho e dos salários em 30% por seis meses, a partir de setembro. Com o pedido de adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que será enviado nos próximos dias, metade do corte salarial (15%) será bancada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, José Florêncio da Silva, a empresa alega ter 700 trabalhadores excedentes, de um total de quase 1,5 mil. “A empresa diz que, para atender a demanda atual, 650 funcionários da produção são suficientes.”
“Avaliamos que o PPE é uma alternativa altamente social para a preservação dos empregos e nos ajudará a dar sustentabilidade ao negócio”, disse o presidente da Caterpillar, Odair Renosto. “Investimos muito em nossos profissionais, que são altamente capacitados e buscamos preservar esses talentos com soluções que equilibram nosso patamar de mão de obra aos atuais volumes de produção, enquanto nos preparamos para a retomada do mercado”.
Na quarta-feira, 5, os 550 funcionários da autopeças Rassini, de São Bernardo do Campo (SP), também aprovaram adesão ao PPE. Eles terão jornada e salários reduzidos em 15% por quatro meses.
A primeira empresa a aderir ao programa foi a Grammer, de Atibaia (SP), do ramo de autopeças, que emprega 500 pessoas. O corte será de 20%, por seis meses. O Ministério do Trabalho informou não ter ainda um balanço de empresas que pediram adesão ao PPE. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.